EXCESSO DE INFORMAÇÃO PODE MUDAR A CONFIGURAÇÃO DO CÉREBRO ?



EXCESSO DE INFORMAÇÃO PODE MUDAR A CONFIGURAÇÃO DO CÉREBRO?-

É bem claro pelo que já sabemos sobre a ciência do cérebro que, se você não exercita habilidades cognitivas específicas, você acaba as perdendo. Se você se distrai facilmente, não pensará da mesma forma que pensa se você presta atenção (Nicholas Carr)
Quando o escritor norte-americano Nicholas Carr começou a pesquisar se a internet estava arruinando nossas mentes, assunto de seu novo livro, ele restringiu seu acesso à internet, deu um tempo no e-mail e desligou suas contas no Twitter e no Facebook.Em seu  livro The Shallows: What the Internet is Doing to Our Brains, ele diz que a rede está nos privando da capacidade aprofundada de raciocínio.Carr levantou em 2008 a questão controversa de que “o Google estaria nos deixando idiotas” e decidiu aprofundar sua pesquisa sobre como a rede afeta nosso cérebro. Seu livro examina a história da leitura e a ciência de como o uso de diferentes mídias afeta nossa mente. Explorando como a sociedade passou da tradição oral para a palavra escrita e depois para a internet; ele detalha como nosso cérebro se reprograma para se ajustar às novas fontes de informação. Ler na internet mudou fundamentalmente a forma como usamos nosso cérebro.A quantidade de textos, fotos, vídeos, músicas e links para outras páginas combinada com incessantes interrupções na forma de mensagens de texto, e-mails, atualizações do Facebook e feeds de RSS, fez com que nossas mentes se acostumassem a catalogar, arquivar e pesquisar informações. Desta forma, desenvolvemos habilidades para tomar decisões rápidamente, especialmente visuais.
Por outro lado, cada vez lemos menos livros, ensaios e textos longos – que nos ajudariam a ter foco, concentração, introspecção e contemplação. Ele diz que estamos nos tornando mais bibliotecários – aptos a encontrar informações de forma rápida e escolher as melhores partes – do que acadêmicos que podem analisar e interpretar dados. NÃO CONSEGUIMOS FICAR MAIS FOCADOS. A ausência de foco obstrui nossa memória de longo prazo e nos torna mais distraídos. “Nós não nos envolvemos com as funções de interpretação de nossos cérebros”, diz. Ele ainda afirma que, por séculos, os livros protegeram nossos cérebros de distrações, ao fazer nossas mentes focalizarem um tema por vez.Mas com aparelhos como o Kindle e o iPad tornando-se comuns, Carr prevê que os livros também mudarão. “Novas formas de leitura requerem novas formas de escrita”.Se escritores suprem a necessidade crônica de uma sociedade distraída, eles inevitávelmente evitarão argumentos complexos que requerem atenção prolongada e escreverão de forma concisa e aos pedaços, Carr prevê. Ele inclusive sugere um exercício para aqueles que sentem que a internet os tornou incapazes de se concentrarem: diminuam o ritmo, desliguem a web e pratiquem habilidades de contemplação, introspecção e reflexão.

EXCESSO DE INFORMAÇÃO PODE CAUSAR EXAUSTÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
A tecnologia trouxe muitos benefícios, dentre eles o acesso imediato, por meio da internet, a uma quantidade enorme de informações. Entretanto, por outro lado, a exposição exagerada a muitos dados pode criar alguns problemas, principalmente se não houver limite ao que uma pessoa consome em termos de informação. No caso da web, se você é do tipo que, mesmo estando sempre conectado, sente que deveria estar mais atualizado de tudo o tempo todo, cuidado, pois poderá estar sofrendo da chamada ansiedade da informação. Para se ter uma idéia da quantidade de informações que circula hoje em dia, mais de mil novos títulos de livros são editados por dia em todo o mundo. Uma edição de domingo do jornal The New York Times, por exemplo, contém mais informação do que um cidadão do Século 17 recebia ao longo de toda a sua vida. Parece exagero, mas estão em circulação no planeta mais de 100 mil revistas científicas. Fora isso, quem vive nas cidades grandes é bombardeado o tempo todo por várias informações, sejam visuais, ou sonoras. Diante desse contexto, o médico psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello, do Ambulatório de Transtornos Ansiosos do Hospital das Clínicas, pertencente à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), conta que o excesso de informações, processada acima da capacidade neuronal, pode levar à sobrecarga das conduções elétricas no cérebro e ao estresse cognitivo, quando muito intenso. “O aumento excessivo de sons, imagens e a leitura por horas a fio, sem descanso, ou pausa do sistema sensorial, pode levar à exaustão do Sistema Nervoso Central (SNC), ou à síndrome de burn out, com o aparecimento de sequelas”, relata o médico.

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Luiz conta que as situações nas quais se percebe a ocorrência do consumo excessivo de informações estão, em sua maior parte, concentradas nos trabalhos exigidos por empresas que delimitam metas a serem cumpridas em prazos muitos curtos. Já entre as fontes que geram atualmente excesso de informação, o médico cita como as principais o computador e a comunicação feita pelos aparelhos móveis e fixos durante várias horas sem descanso do sistema sensorial, que, segundo ele, ainda não está adaptado a este tipo de demanda.O especialista ressalta que as gerações mais jovens são, progressivamente, mais preparadas para a obtenção de uma nova linguagem, mais resumida, objetiva e superficial nos conteúdos e com maior velocidade. “Essas novas estruturas cerebrais formarão, por meio dessa plasticidade, pessoas com uma percepção dessa linguagem mais adaptadas a ela. Os estímulos especializam os indivíduos, mas não os tornam, a meu ver, pessoas superiores ou inferiores. Apenas mais especializadas, como são especializados os indivíduos de outras culturas diferenciadas”, aponta.
Superficialidade nas informações
Quanto à superficialidade em relação à assimilação das informações no meio online, o jornalista norte-americado Nicholas Carr, autor do livro “A Geração Superficial: o que a internet está fazendo com os nossos cérebros”, destaca em sua obra que o uso exagerado da internet pode causar sérios riscos, incluindo a formação de pessoas menos inteligentes, menos focadas, e mais ansiosas do que as gerações anteriores. No livro, Nicholas faz uma comparação dos efeitos na mente humana em duas situações específicas: uma delas se dá na leitura de um livro, ato que, segundo o autor, exige concentração e interpretação, e a outra, com o uso da internet, na qual o jornalista ressalta que o internauta apenas corre os olhos pelas informações. O autor alerta para o fato de que uma mudança brusca no que diz respeito à organização do pensamento pode, de certa maneira, comprometer algumas capacidades, como a de concentração e aprofundamento, alterando a forma como diversos assuntos são compreendidos. Como antídoto a esse cenário, Nicholas propõe o uso da internet de maneira planejada, aconselhando que as pessoas se dediquem apenas a um assunto por vez como forma de manter o foco e otimizar o raciocínio e a inteligência.

Complementando este conselho, Luiz Vicente ressalta que as pessoas devem ter consciência de suas limitações fisiológicas e culturais. “Levamos em torno de oito milhões de anos para atingir esse nível cognitivo e afetivo, com extinções e seleções progressivas. Os períodos de trabalho, ou uso de nossos sistemas sensoriais, devem ter descanso intermitente, como nos exercícios físicos, para não sofrermos exaustão”, finaliza.
Entenda como o uso das diversas tecnologias podem afetar o cérebro
Não são raras as pessoas que nos dias de hoje não saberiam informar, sem o auxílio da tecnologia, dados que no passado eram memorizados com maior frequência. Se por um lado a tecnologia pode ser uma mão na roda na hora de lembrar números de telefones, afazeres, compromissos importantes, ou datas especiais, por outro, essa comodidade pode afetar, de certa maneira, o seu cérebro, fazendo com que a sua memória fique, digamos assim, preguiçosa. Como qualquer músculo do nosso corpo, se exercitada, a memória pode ficar bem afiada. É o que afirma o neurocirurgião Fernando Gomes Pinto, professor de Neurocirurgia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, pertencente à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). No caso do uso das tecnologias, o médico destaca que não necessáriamente é a memória a mais afetada com o uso excessivo das parafernalhas eletrônicas, e sim a capacidade de raciocinar. “No caso da calculadora, por exemplo, mesmo sendo um equipamento importante, as pessoas deixam de usar o raciocínio lógico”, ressalta o especialista. Um ponto relevante levantado pelo médico diz respeito ao uso dos equipamentos multifuncionais, como os smartphones e ostablets, por exemplo, que, segundo ele, podem inibir a capacidade criativa do indivíduo. “Da maneira como esses equipamentos são utilizados hoje, as pessoas acabam por botar em prática muito pouco de suas habilidades/ criatividades. E quanto menos criativo é um indivíduo, mais dificuldades ele terá para resolver problemas, seja no trabalho, ou na sua vida cotidiana”, aponta Fernando. No caso do uso da internet, o neurocirurgião lembra que, mesmo com todos os benefícios do meio online, como o acesso à grande quantidade de dados de forma remota, o consumo das informações é feito de forma superficial. “O grande problema está no fato das pessoas se contentarem com um grau baixo de contato com a informação e se darem por satisfeitas. Isso pode ser um problema, já que causa nos jovens, por exemplo, uma visão superficial e parcial das coisas. Por outro lado, uma pessoa curiosa, que busca um contato maior com o conhecimento, pode fazer uso da internet a seu favor”, explica.

Trabalhando a memória e o cognitivo
“Quem estuda fica mais inteligente”. Esse conselho que toda criança houve de suas mães, tem fundamento na ciência. Além de mais inteligente, exercitar o cérebro pode ser um bom remédio para evitar complicações na terceira idade, principalmente no que diz respeito à prevenção do mal de Alzheimer, doença degenerativa que pode levar à demência. “Existem dois fatores de proteção para essa enfermidade. Um deles leva em conta a idade, pois quanto mais novo, menos chances de contrair o mal de Alzheimer; e o segundo é com relação aos anos de estudo. Quem estuda mais, mexe mais com a cognição, com a inteligência, e passa a ter bem menos chances de desenvolver a doença em relação a pessoas sem escolaridade”, ressalta o médico. No que diz respeito à memória, Fernando dá algumas receitas para quem deseja exercitá-la. Ele recomenda praticar palavras-cruzadas, jogo da memória e dos sete erros, incluindo também outros exercícios que podem ser feitos no dia a dia, como a memorização voluntária de números de telefone, guardar as pessoas pelo nome, entre outras coisas. O médico aponta também como uma boa maneira de fazer a mente trabalhar é variar o cotidiano. “Se você vai para o trabalho de automóvel, tente parar em lugares diferentes a cada dia. Além disso, sempre que puder, trace rotas novas para chegar aos seus destinos. No mercado, tente decorar a lista de compras, em vez de simplesmente levá-la escrita no papel”, ensina Fernando.É possível fortalecer a memória não só com os jogos e os passatempos, mas também no prato, já que certos alimentos podem dar uma ajudinha extra para fazer lembrar melhor das coisas. Fernando explica que para o bom funcionamento do neurônio é preciso oxigênio e glicose, sendo importante para uma pessoa se alimentar de três em três horas. Dentre os alimentos amigos da memória, o neurocirurgião indica  a linhaça , que é rica em ômega 3; e as castanhas, que possuem substâncias que dão origem aos neurotransmissores, como a dopamina e a acetilcolina. “É importante a pessoa se hidratar, comer alimentos ricos em ferro, como as folhas verdes , e em vitamina A e D, que ajudam, igualmente ao cálcio, na realização das sinapses entre os neurônios”, lista o especialista.

“O ambiente digital está alterando nosso cérebro de forma inédita”, diz neurologista britânica

Susan Greenfield, especialista em fisiologia cerebral, diz que estamos cada dia mais dependentes de redes sociais e videogames e prevê um futuro sombrio para os “nativos digitais”, geração que passará a vida inteira online

Para a neurocientista britânica Susan Greenfield, o admirável mundo novo da internet e das redes sociais não é tão admirável assim. Videogames e redes sociais estão, na visão dela, criando uma nova geração – a de “nativos digitais” – que vai passar a maior parte de sua vida online. E isso não é bom, segundo ela. “As crianças que estão crescendo agora nesse ambiente do ciberespaço, não vão aprender como olhar alguém nos olhos, não vão aprender a interpretar tons de voz ou a linguagem corporal”, disse em entrevista ao site de VEJA, concedida em sua passagem pelo Brasil para falar na Conferência Fronteiras do Pensamento, em São Paulo e Porto Alegre.
Susan, de 52 anos, autora de livros como The Private Life of the Brain (A Vida Privada do Cérebro, sem edição no Brasil), afirma que há um grande risco de as pessoas passarem a viver suas vidas exclusivamente em ambientes virtuais. “Um estudo americano, de 2010, mostrou que mais da metade dos adolescentes entre 13 e 17 anos gastava mais de 30 horas por semana na internet. São quatro ou cinco horas por dia não andando na praia, não dando um abraço em alguém, não sentindo o sol no rosto, não subindo em uma árvore, não fazendo todas as coisas que as crianças costumavam fazer.” Outra comparação feita pela neurocientista, que também é professora de Farmacologia na Universidade de Oxford, é entre as redes sociais e a indústria do cigarro. De acordo com ela, assim como as produtoras de tabaco negavam o poder viciante do cigarro, o mesmo ocorre hoje com as companhias que lucram com o uso das redes sociais e videogames. “É preciso admitir que existe um problema”, diz ela, citando estudos que relacionam a utilização intensiva de redes sociais com a liberação de substâncias estimulantes no cérebro.


Apesar de enxergar com pessimismo um mundo em que estejamos conectados a maior parte do tempo, Susan diz que não adianta proibir crianças e adolescentes de usar videogames e redes sociais. “É preciso oferecer um mundo tridimensional mais interessante para eles.”
A internet afeta o cérebro?
Todos estão interessados em saber como as tecnologias digitais, especialmente a internet, afetam o cérebro. A primeira coisa a saber é que viver afeta o cérebro. O cérebro muda a todo instante de nossas vidas. Tudo que é feito durante o dia vai afetar o cérebro. A razão disso é que o cérebro humano se desenvolveu para se adaptar ao ambiente, não importando qual fosse esse ambiente. É interessante notar que agora o ambiente é muito diferente, de maneira sem precedentes.
Como a imersão num ambiente virtual pode afetar o cérebro?
Há várias perguntas diferentes a serem respondidas. Eu acho que há três grupos abrangentes. O primeiro é o impacto das redes sociais na identidade e nos relacionamentos. O segundo é o impacto dos videogames na atenção, agressividade e dependência. E o terceiro é sobre o impacto dos programas de busca no modo como diferenciamos informação de conhecimento, como aprendemos de verdade. É claro que há muitos estudos que ainda precisam ser feitos, mas certamente há cada vez mais evidências sobre aspectos positivos e negativos. Por exemplo, já foi demonstrado que jogar videogames pode ser similar a fazer um teste de QI. Pode ser que o aumento de QI visto em alguns testes aconteça graças à repetição de uma certa habilidade ao jogar videogames. Agora, só porque vemos um aumento de QI em quem joga videogames não quer dizer que haja um aumento de criatividade ou capacidade de escrita. Também se sabe, por alguns estudos, e por exames de imagem, que os videogames aumentam áreas do cérebro que liberam dopamina. Também sabemos que, em casos extremos, nos quais as pessoas gastam até 10 horas por dia na frente da tela, existe uma forte correlação com anormalidades em exames cerebrais. Como costumamos dizer, uma andorinha só não faz verão. Então é importante fazer mais estudos. Isto não é definitivo, em se tratando de ciência nada é definitivo, por isso é importante começar a fazer pesquisa básica porque, até agora, está claro que coisas boas e coisas ruins estão acontecendo de um modo que não haviam acontecido em gerações passadas.
Existe um limite de tempo seguro para navegar na internet?
É claro que muitos pais já me perguntaram: ‘com que frequência meus filhos devem usar a internet? Até quando é seguro?’ O que acontece na Inglaterra, acho que aqui também, é que alguns pais falam para os filhos ‘façam uma pausa a cada 10 minutos’. Mas eu não conheço ninguém que no meio do jogo pensa “está na hora da minha pausa de 10 minutos”. Minha sugestão é agradar as crianças, em vez de dizer “você só jogar por uma ou duas horas, ou você simplesmente não pode jogar”.Não seria melhor se a criança decidisse sozinha que não quer jogar? E por que eles fariam isso? Porque o que você vai oferecer a ele é muito mais excitante, muito mais agradável, muito mais interessante, do que esse jogo. É um desafio, mas o que temos que fazer é tentar pensar em maneiras, não tentar negar a tecnologia. Nós podemos, na nossa sociedade maravilhosa, com toda essa tecnologia, com todas as oportunidades que temos, dar aos nossos filhos um mundo tridimensional interessante para viver.(nota pessoal;Ou seria melhor educarmos os nossos filhos exatamente a desbloquearem-se desta realidade 3D, ensinando que podemos construir outro tipo de “realidade maravilhosa” onde o ser humano seja mais valorizado do que vídeo-games e redes sociais?Onde valorizaremos a interatividade entre as pessoas de modo mais real, mais sincero e franco, sem medos e dogmas, menos politizado , mas muito mais humanizado?Pensemos)
Há quem associe o aumento da incidência do transtorno de déficit de atenção e da hiperatividade (TDAH) ao uso da internet pelas crianças. Essa ligação faz sentido?
Está havendo um crescimento alarmante de TDAH. Sabemos que a prescrição de drogas como Ritalina, usadas para TDAH, triplicaram, quadruplicaram nos últimos 10 anos. É claro que isso é muito. A condição pode estar sendo mais diagnosticada ou pode ser que os médicos estejam prescrevendo mais os remédios. Há, porém, outro fator importante: a causa pode ser as tecnologias digitais.
Por que culpar a internet e não a TV, por exemplo?
Algumas pessoas dizem que a TV é a mesma coisa que a internet. Mas já se mostrou que não é o caso. Há uma grande diferença para o que fazemos na internet, que é altamente interativa e também tende a ser mais estimulante. Nós também sabemos que, quando se joga videogame, uma substância química no cérebro relacionada com o estímulo, chamada Dopamina, é liberada. O que é interessante é que, quando se toma ritalina, a dopamina também é liberada. Então, agora as pessoas estão pensando que talvez as crianças estejam viciadas em videogames. E estão medicando essas crianças porque elas teriam TDAH, e estão fazendo, embora não façam idéia, com que haja mais dopamina no cérebro. Então certamente há uma ligação entre TDAH e videogames, mas precisamos entender mais sobre os mecanismos cerebrais para entender como isso funciona.
Como a senhora acha que a geração atual será no futuro?
É interessante pensar no caráter, nas aptidões da próxima geração, os cidadãos da metade do século 21. Eu acho que haverá coisas boas e coisas ruins. Imagino que talvez eles tenham um QI maior e uma boa memória. Acho também que eles correrão menos riscos que nossa geração – isso pode ser tanto bom quanto ruim(?). Por um lado, ninguém quer pessoas que nunca se arriscam, que são excessivamente precavidas, mas, por outro lado, também não queremos pessoas inconsequentes. Infelizmente, também acho que essa geração terá um senso de identidade mais frágil, menos empatia, menos concentração, e podem ser mais dependentes ao viver o “aqui e agora” em vez de ter um passado, presente e futuro. Talvez eles fiquem mais presos ao presente.(nota pessoal;tudo tem dois lados e tudo faz a diferença.Cabe a cada um analisar cada caso.)
Por que o senso de identidade seria menor?
Até recentemente, em muitas partes do mundo, os seres humanos tinham preocupações mais imediatas, como sobreviver, se manter aquecido, não ter dor, não viver com medo e ter onde se abrigar. Essas questões eram as mais importantes quando se era um adulto. Mas agora a tecnologia, em sociedades mais privilegiadas(?), como o Brasil e a Grã-Bretanha, estão permitindo que a população, pela primeira vez na história, viva muito mais e tenha uma vida saudável(?). Uma criança tem, agora, uma em três chances de viver mais de 100 anos(nota pessoal;outra afirmação relativa;se estamos mais alienados, se comemos muito pior, se os recursos do planeta estão se esgotando, teremos que rever nossas afirmações diante destes fatos incontestáveis.Quem viverá mais? quem sobreviverá com mais qualidade de vida? quem poderá evoluir físicamente/mentalmente/espiritualmente?;são perguntas que devem ser feitas, para não concluírmos precipitadamente o que seria viver com qualidade por cem anos). Então o que fazer com esse tempo? Essa é uma pergunta que não se fazia no passado porque as pessoas morriam de doenças ou estavam preocupadas com outras coisas. Mas agora é factível presumir que as pessoas não saberão o que fazer com a segunda metade de suas vidas, após seus filhos estarem criados. Se elas estiverem saudáveis, em forma, mentalmente ágeis, não poderão simplesmente jogar golfe todo dia, ou sudoku. Acho que uma das grandes questões para eles será fazer perguntas que tradicionalmente apenas adolescentes fazem: “Quem sou eu? Qual é o sentido da vida? Para onde estou indo? Qual o propósito disso tudo?” Na minha opinião, isto pode ajudar a explicar por que, de uma maneira engraçada, Facebook e Twitter são tão populares.(nota pessoal;sem generalizar, isso pode explicar porque as pessoas estão desconectadas de si mesmas, o quanto existe uma solidão individual, que passa longe do físico, pois não há contato físico nestas redes sociais e sim, muito mais contato de egos do que pretende afirmar a pesquisadora;Busca do sentido da vida se faz individualmente ou em grupos /pessoas direcionadas e motivadas para isso e não com pessoas que querem mostrar suas vidas e confortávelmente, continuar vivendo no piloto automático.Pensemos)

Por quê?As pessoas têm um senso integral de identidade. De repente elas se sentem importantes porque gente ao redor do mundo está se comunicando com elas, comentando o que elas disseram. Então, este tipo de pessoa, que no passado vivia em uma comunidade local, e tinha uma identidade dentro daquela cultura, dentro daquele país, agora tem uma presença global, mas que é construída externamente. Não é real. É como em uma ocasião na qual estava em um café da manhã com Nick Clegg (vice-primeiro-ministro da Grã-Bretanha) e tinha uma mulher perto de mim tão ocupada contando a todo mundo que ela estava tendo uma café da manhã com Nick Clegg que nem conseguiu prestar atenção ao que ele estava dizendo. Ela só ficava tuítando o tempo todo: “café da manhã com Nick Clegg”. Eu vi um filme com duas meninas conversando dentro de um carro e uma pergunta para a outra: “Como você se sente dentro deste carro?” Ela não responde “estou triste” ou feliz ou animada, nada disso. Ela diz: “o carro é digno de um post no Facebook.”
Por que isso é preocupante?
A partir disso eu infiro que as pessoas estão construindo uma identidade no ciberespaço que em boa parte é formada pela visão das outras pessoas. Existe um site chamado KLOUT. Se você entrar nesse site, ele te diz o quão importante você é, te dá um número chamado Klout Score. Klout, em inglês, significa importante. As pessoas pagam para ver qual é a sua pontuação e para aumentá-la. Eu acho interessante essa tendência de que mesmo que você sinta-se muito importante, muito conectada, você se sente insegura, tenha baixa autoestima, sinta-se constantemente inadequada. Existe um livro muito bom escrito por Sherry Turkle chamado Alone Together – Why We Expect More From Technology and Less From Each Other (algo como “Juntos sózinhos – Por que esperamos mais da tecnologia e menos de cada um de nós”, lançado em janeiro, ainda sem editora no Brasil). Ela disse: “bizarramente, quanto mais conectado você está, mais você está isolado.”(nota pessoal;estes últimos trechos corrobora o que dissemos acima).
Hoje, entretanto, a maior parte das pessoas continua levando suas vidas normalmente, fora do ciberespaço, e apenas uma pequena parte dentro dele. Isso se inverterá no futuro?
A maioria das pessoas dirá que, se tirarmos um instantâneo da sociedade hoje, um monte de pessoas está vivendo normalmente e feliz em três dimensões(?). Elas têm amizades saudáveis e gostam de estar no Facebook e no Twitter(?). Com certeza, é apenas uma minoria de pessoas que gastam até 10 horas por dia em frente do computador. Porém eu acho esse tipo de argumento problemático porque é solipsista – você está argumentando a partir do seu ponto de vista. Já falei várias vezes com jornalistas, que geralmente são de meia-idade e de classe média, e dizem que usam isso e aquilo e é fantástico. Às vezes sou criticada porque não estou no Facebook, não estou no Twitter, e mesmo assim estou comentando a respeito. Eu respondo que, mesmo se eu estivesse me divertindo muito no Facebook, isso não quer dizer que todos sejam como eu/ ou que vão usar do mesmo modo que eu uso, ou que vão ter o mesmo tipo de amizades que eu tenho.
O uso então é exagerado?
Eu acho que precisamos olhar para as estatísticas em vez de apenas levar em conta as impressões pessoais ou os meios de comunicação. De acordo com as estatísticas, os chamados nativos digitais, gente que nasceu após 1990, apresentam níveis de uso alarmantes. Por exemplo, um estudo americano, de 2010, mostrou que mais da metade dos adolescentes entre 13 e 17 anos estavam gastando mais de 30 horas por semana na internet. O que me chama atenção não são as 30 horas, mas o que vai além disso. Isso significa que pelo menos quatro ou cinco horas por dia em frente ao computador. O problema com isso é que, não importando o quão fantásticas ou benéficas (?) possam parecer para eles as redes sociais – vamos dizer que sejam 100% maravilhosas(?) – ainda são quatro ou cinco horas por dia não andando na praia, não dando um abraço em alguém, não sentindo o sol no rosto, não subindo em uma árvore, não fazendo todas as coisas que as crianças costumavam fazer. Acho que devemos prestar atenção a essa questão. Acho também que podemos comparar o que acontece hoje com o momento do anos 50 quando as pessoas começaram a mostrar uma relação entre o câncer e o cigarro. A indústria do tabaco foi hostil a essa descoberta, tentou negar e insistir que fumar não era viciante. E se você tem um grupo de pessoas se divertindo e outro grupo fazendo dinheiro com isso, esse é um círculo perfeito. A primeira coisa a fazer quando pensamos na relação entre os jovens e a internet é reconhecer que talvez aí exista um problema.

Não se trata de excesso de zelo?
Existem outras questões também. Há uma grande diferença entre os chamados “imigrantes digitais”, pessoas como eu e possívelmente pessoas como as que estão lendo essa entrevista e que tiveram uma educação convencional, cresceram lendo livros, tendo relações apropriadas, em três dimensões, e as crianças que estão crescendo agora, recebendo um comando evolucionário para se adaptar ao meio ambiente. Se esse ambiente é incessantemente o ciberespaço, elas não vão aprender como olhar alguém nos olhos, elas não vão aprender a interpretar tons de voz ou a linguagem corporal. Elas não vão aprender como é quando se toca alguém, se tem um contato físico. O que significa que, se alguém ficar cara a cara com alguém no mundo real será mais desagradável, mais agressivo, então as pessoas vão preferir se comunicar por meio das telas. Já é o caso da Grã-Bretanha, não sei como é aqui no Brasil. Escritórios se tornaram locais bastante silenciosos, porque, em vez de conversarem entre si, as pessoas preferem enviar mensagens. Outro problema que, acho eu, mostra uma tendência, é um fantástico aplicativo – é fantástico que as pessoas paguem por isso. São dois, na verdade. Um deles se chama Self Control (Auto controle). O outro se chama Freedom (Liberdade). Você paga para que eles não o deixem usar a internet obsessivamente. Eles desligam seu computador a cada 50 minutos ou a cada hora( nota pessoal; estamos á beira mesmo de um “Admirável mundo novo” onde o ser humano precisa ser controlado/manipulado/direcionado/ tornando-se incapaz de gerir a própria vida.Será que é isso que queremos? não é contra isso que nós, já despertos, lutamos todos os dias?). Por que as pessoas deveriam pagar por algo que elas mesmas poderiam fazer fácilmente, a menos que estejam obcecadas ou tenham se tornado dependentes?


Eu posso chegar para você e dizer que tenho uma maneira brilhante de ganhar dinheiro: você me paga para eu desligar seu computador para você. Você vai me dizer que estou louca. Cientistas dizem que fazer malabarismo com e-mail, celular e outras fontes de informação muda a maneira como as pessoas pensam. Nossa concentração está sendo prejudicada pelo fluxo intenso de informação. Esse fluxo causa um impulso primitivo de resposta a oportunidades ou ameaças imediatas. O estímulo provoca excitação – liberação de dopamina – que vicia. Na sua ausência, vem o tédio. Enquanto muita gente diz que fazer várias coisas ao mesmo tempo aumenta a produtividade, pesquisas mostram o contrário. As multitarefas dificultam a concentração e a seleção necessárias para ignorar informações irrelevantes. E mesmo depois que a pessoa se desliga, o pensamento fragmentado continua. Para estudiosos de Stanford, a dificuldade de se concentrar só no que interessa mostra um conflito cerebral, que vem da nossa evolução. Parte do cérebro age como uma torre de controle, ajudando a pessoa a se concentrar nas prioridades. Partes primitivas, como as que processam a visão e o som, querem que ela preste atenção às novas informações, bombardeando a torre de controle. Funções baixas do cérebro passam por cima de objetivos maiores, como montar uma cabana, para alertar sobre o perigo de um leão por perto. No mundo moderno, o barulho do e-mail chegando passa por cima do objetivo de escrever um plano de negócios ou jogar bola com o filho. Mas outras pesquisas mostram que o cérebro também se adapta.

O CÉREBRO E A INTERNET
Os neurônios em nosso cérebro (em especial na região do hipocampo, que é conhecido por ser importante na aprendizagem e na formação da memória) cresceram de forma descontrolada em todos os sentidos, sem fazer conexão com outros neurônios. Aumentos significativos no RNA mensageiro, que está envolvido na formação da memória, também foram encontrados.  Ou seja, a configuração do cérebro vai mudar SIM, especialmente se forem expostas crianças a isso (como podemos ver no começo do documentário Zeitgeist: Moving Forward). Nos EUA e no Brasil 20% das crianças sofrem algum tipo de distúrbio mental, enquanto 5 MILHÕES de crianças e adolescentes nos EUA sofrem de distúrbio mental GRAVE.
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Agência USP de Notícias-Palavras chave para pesquisas: , , ,

SAÚDE
Passar mais de quatro horas por dia em frente à televisão/computador aumenta o risco de sofrer doenças cardiovasculares e inclusive o de morrer, revela um estudo divulgado  pela imprensa australiana. A probabilidade de sofrer doenças cardiovasculares é 80% superior a de quem passa menos tempo, e a de morrer aumenta 46%. Até porque  ver Tv e ficar sentado no computador engorda. Concretamente, cada hora em frente a uma televisão representa um risco de morte 11% maior, de acordo com a pesquisa realizada com 8.800 pessoas e divulgada na publicação científica “Circulation: Journal of the American Heart Association”. O cientista David Dunstan afirmou que o problema é causado pela falta de mobilidade, que impede que o organismo processe de maneira adequada açúcares e gorduras. Não importa que se façam exercícios diários – o dano vem do tempo prolongado que se passa sentado diante de uma tela, segundo Dunstan. As 8.800 pessoas pesquisadas, entre 25 e 50 anos de idade e que se uniram ao projeto entre 1999 e 2000, realizavam entre meia e uma hora de exercícios diários e, no entanto, 284 morreram em seis anos. Dunstan indicou que a pesquisa enfocou particularmente os casos de gente que vive junto à televisão, mas as conclusões são aplicáveis a qualquer outra atividade sedentária, como as pessoas que passam o dia jogando computador. O pesquisador lembrou que “o corpo humano foi feito para se movimentar”. Três em cada quatro norte-americanos serão obesos em 2020. Você não vê esse padrão de beleza na mídia, ? . Não enquanto tivermos distração suficiente pra preencher nossos dias vazios e “modelos” pra satisfazer nossos desejos por nós. Quem é a mão que nos “alimenta”? Quem manda no “capitão” desse navio?
Pesquise; pesquisa_mostra_como_jovens_e_adultos_se_comportam_em_redes_sociais_na_internetciencia-estuda-o-que-ha-no-cerebro-de-quem-usa-as-redes-sociais
EFEITOS BIOLÓGICOS CAUSADOS PELO USO DO TELEFONE CELULAR
A Tecnologia sempre nos parece algo relacionado apenas ao bem-estar, à modernidade e à simplificação de atos de nossa vida social. No entanto, a relação entre homens e “máquinas” pode ser geradora de efeitos biológicos nocivos, nem sempre conhecidos e dimensionados antes de sua utilização. Objeto de estudo científico, a telefonia celular, por expor o ser humano à radiação, produz efeitos biológicos, que vêm sendo alvo de pesquisas nacionais e internacionais publicadas em mais de quarenta e dois países, nos últimos quinze anos. O objetivo das pesquisas é o de alertar as autoridades e a população brasileiras sobre os riscos da telefonia celular à saúde pública. A proposta dos pesquisadores é, como acontece em vários países da Europa, estimular órgãos reguladores do serviço no Brasil a reduzir, por conta própria, os valores limites para exposição à radiação, obedecendo ao chamado “Princípio da Precaução” (é o critério aplicado em circunstâncias de risco em potencial).
O EFEITO DAS RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS PARA O CÉREBRO
É inquestionável, no entanto, que as comunicações móveis celulares marcaram profundamente o comportamento social no último século, e incorporaram-se de modo definitivo ao dia-a-dia de milhões de pessoas no mundo inteiro, que passaram a ficar imersas em ambientes cada vez mais servidos por radiações eletromagnéticas.Eventualmente, esse tipo de radiação pode causar efeitos biológicos que são as respostas a um estímulo específico, como, por exemplo, a exposição do organismo, por longo período de tempo, às radiações provenientes das comunicações móveis celulares, que podem gerar mudanças por estressar o organismo, apesar de o corpo humano possuir seus mecanismos regulatórios para enfrentar esses tipos de agressão. As chamadas radiações não ionizantes, ou seja, aquelas que não alteram os átomos, mas atingem moléculas e ligações químicas,podem provocar efeitos biológicos, classificados como térmicos, ou não térmicos.
1- Os térmicos surgem diretamente do aquecimento dos tecidos, como resultado da absorção de parte da energia transportada pela onda eletromagnética.
2-Os não térmicos não são provocados pelo calor, mas sim pela interação direta do campo eletromagnético com as moléculas que formam o tecido, quando suas partículas tentam se orientar com o campo elétrico de modo a minimizar sua energia potencial.
Embora os efeitos não térmicos estejam cientificamente comprovados, a legislação vigente no país só contempla os efeitos térmicos e de curta duração, o que significa que não existem valores limites para 24 hs de exposição emitida pelas antenas (Estações Rádio Base- ERB´s). Considerando apenas os efeitos térmicos, os níveis de radiação aos quais as pessoas podem ser submetidas são recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e seguidos pelo Brasil, conforme orientação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Vários países e algumas cidades brasileiras como Porto Alegre- RS e Campinas-SP, obedecendo ao “Princípio da Precaução”,fixam tais níveis de radiação muito abaixo daqueles preconizados pela OMS/Anatel. Mesmo potências mais baixas, ao penetrarem em nossos cérebros, podem causar efeitos prejudiciais ao organismo. Isto já foi demonstrado, repetidas vezes, em experiências com cobaias, com análises in vitro e por meio de pesquisas epidemiológicas. Essas pesquisas, entretanto, devem durar mais que cerca de oito a dez anos, tendo em vista os longos períodos de latência dos tumores cerebrais. Os resultados mostram um aumento de risco de desenvolvimento de diversos tipos de tumores cerebrais (como gliomas, meningiomas etc.). Estatísticas internacionais comprovam os neurinomas acústicos, entre os usuários mais constantes por exemplo, de duas a três mil horas de uso, correspondendo a cerca de meia a uma hora por dia, durante seis ou mais anos, coincidindo com o lado da cabeça em que os celulares são usualmente operados. Adiciona-se agora a isso uma enorme utilização de sistemas sem fio (tipo wireless, como WiFi, WiMax, Bluetooth etc.), que são certamente em baixo nível, mas, com longos tempos de exposição, também aumentam substancialmente os riscos à saúde. Lamentávelmente, estamos todos expostos às conseqüências de uma tecnologia que está sendo largamente utilizada, antes mesmo de ter provado ser inócua à saúde.
Como reduzir os riscos dos efeitos biológicos causados pela exposição do aparelho celular?
  • Reduzir o tempo de conversação;
  • Durante a conversação, procurar utilizar o terminal móvel o mais afastado possível do
    cérebro;
  • Utilizar preferencialmente as facilidades de “viva voz” ou “fone de ouvido”;
  • Utilizar sempre o terminal móvel o mais afastado possível do corpo.
  • Crianças não devem utilizar o serviço, na Europa a venda é proibida em alguns países para menores de 12 anos e em outros para menores de 16 anos.
  • Evitar utilização do terminal móvel em Hospitais, Clínicas, Escolas, Creches, Instituições Geriátricas e quaisquer outras que prestem serviços de radiologia. Existem várias pesquisas internacionais provando que o terminal móvel pode alterar os resultados dos exames (eletrocardiograma, eletroencefalograma, etc…);
  • Evitar utilizar o aparelho com outras finalidades, por exemplo: como despertador, colocando-o sob o travesseiro, expondo o cérebro durante todo o sono.
Comparando com a conhecida radiação Solar, que também é uma radiação não ionizante:
É de conhecimento da população que a exposição excessiva à radiação solar é cumulativa assim, gera efeitos biológicos danosos à derme e a epiderme do corpo humano.Acontece que a radiação (forma de energia que se propaga) solar, faz parte do espectro de freqüência da radiação não ionizante, assim como a radiação emitida pelas microondas. Entre essa faixa de freqüências, encontra-se a telefonia móvel celular (aparelhos e antenas) que como toda a radiação não ionizante, tem efeitos cumulativos conforme dito anteriormente.A diferença entre a exposição da radiação solar e a do sistema celular, é que se estamos dentro de casa e falamos ao celular, significa que estamos tendo recepção do sinal, consequentemente estamos expostos à radiação emitida pela telefonia móvel celular. Quanto aos efeitos térmicos provocados pela radiação, citamos por exemplo, no que tange à saúde infanto juvenil, a OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, que divulgou orientação à população da Grã Bretanha desaconselhando a utilização de telefones móveis por menores de 16 anos. Ela defende um enfoque de precaução com relação ao uso dos telefones móveis.
“Eu evitaria deixar crianças utilizar telefones móveis por horas todos os dias, porque nós não conhecemos o suficiente sobre os danos”. Dra. Gro Harlem Brundtland, Diretora Geral da OMS, 1/7/2002 (Microwave News, vol. XXII, No. 4, July/August 2002, p. 8). A Dra. Gro Harlem Brundtland é Médica pós-graduada em Saúde Pública. Já foi primeira-ministra da Noruega.

A razão para essa recomendação é simples e se relaciona com os efeitos térmicos da radiação nos aparelhos de telefonia móvel. A partir da utilização dos aparelhos em período superior a SEIS MINUTOS passa a haver um aquecimento, de no mínimo 1ºC, das células no entorno do ouvido e da cabeça. Esse aquecimento se dá de dentro das células para fora. Como o cérebro em formação das crianças absorvem 70% mais a radiação do que o do adulto, recomenda-se cautela no uso do serviço principalmente por crianças e gestantes. Portanto, deve-se evitar utilizar o aparelho próximo ao corpo afinal, o aparelho celular ainda não é uma extensão do corpo humano. Este talvez seja um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade.
Fonte de pesquisa;Dra.Betania Bussinger  (UFF/UFRGS), Mestre em Ciências, Pós-graduada em Engenheira de Segurança do Trabalho e Engenheira de Telecomunicações.
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EDITORIAL DA EQUIPE DA LUZ É INVENCÍVEL

Usuários de internet/TV/Telefones celulares têm mais atividade cerebral do que não usuários. Eles estão ganhando novos circuitos de neurônios. Isso não é necessáriamente bom, porque não significa que estamos nos tornando mais inteligentes. Nossas crianças nascem sabendo programar o microondas e mexer nas configurações da TV ,usar o celular e o computador, mas ao crescerem terão menos senso crítico e independência que as outras gerações. Estarão TERRÍVELMENTE acostumadas a terem tudo pronto, mastigado, desde a pipoca de microondas até as notícias que recebem. Ficaremos parecidos cada vez mais com seres robotizados, imersos na informação a tal ponto que falaremos com os colegas de trabalho e amizades DO LADO via TWITTER (e isso já acontece nas empresas!).A evolução da telefonia móvel também acelerou a criação de aplicativos para facilitar a comunicação entre os usuários de celulares e smartphones. Uma dessas ferramentas interativas é o WhatsApp Messenger, que permite aos usuários a troca de mensagens gratuitas por meio da internet. Ao fazer o download do aplicativo, o usuário pode iniciar conversas online com seus contatos e também criar e participar de grupos, compartilhando arquivos de texto, áudios, imagens e vídeos.Num primeiro momento, o app se mostra como um grande aliado da comunicação pessoal e profissional, já que a conexão ocorre de forma instantânea e que não há limite para o número de mensagens enviadas ou recebidas. A única exigência é que o dispositivo possa conectar a internet móvel.Por outro lado, muitas pessoas têm abandonado o aplicativo por conta da enxurrada de mensagens recebidas diariamente – algumas até sem importância – e pelo aumento desordenado do número de grupos – família, trabalho, escola, entre outros. Essas duas desvantagens acabam gerando um terceiro ponto negativo listado por quem utiliza o app: o compartilhamento de conteúdo inapropriado.Todavia, um dos maiores problemas apontados por aqueles que estudam o assunto, e por quem decidiu cancelar a conta, é à “eterna conectividade”. Percebe-se que, com a facilidade da comunicação virtual, o convívio social e pessoal tem sido deixado de lado por muita gente. Isso é um risco não só para as relações afetivas, mas também, para a trajetória profissional do indivíduo, uma vez que assuntos importantes ainda demandam maior atenção e exigem que as informações sejam trocadas pessoalmente. Afinal, nessas ocasiões o tom de voz, as expressões faciais e a postura corporal são levados em conta e contribuem para a que a mensagem seja passada da maneira correta.Com as relações sociais tradicionais sendo destruídas e trocadas por uma virtual, quem detiver o controle dos meios de tráfego virtual controlará as relações sociais. E vocês acham que os governantes já não sabem disso? Por que será que Obama teve uma reunião com todos os donos dos corredores de informação? A música DE MÁ QUALIDADE também é uma forma de induzir a mudanças no cérebro. Ajuda a manter o “gado”, tão interessante para quem controla as engrenagens.O Facebook conta com mais de 800 milhões de usuários ao redor do mundo, enquanto o Twitter atrai mais de 200 milhões de pessoas. Não podemos esquecer também das outras redes, comoYoutubeOrkut, MySpace e até mesmo os blogs.Muitos pessoas não sabem lidar com a grande oferta de informações disponível na internet. Alguns tomam tudo o que lêem na web como verdade absoluta e isso interfere no processo de aprendizagem e no desenvolvimento de olhar crítico perante o que lhes é apresentado;O jovem de hoje é multifuncional, faz tudo ao mesmo tempo, porém, isso pode ter consequências negativas se não for bem administrado. O acesso às redes sociais durante os momentos de estudo, por exemplo, pode causar distração e interferir no desempenho acadêmico e o excesso pode ser arriscado. Ao gastarem horas e horas nas redes sociais, os jovens deixam de interagir cara-a-cara e isso pode prejudicá-los no convívio em sociedade. Com menos interações “reais”, eles podem ter a capacidade de comunicação comprometida (a internet não exige entonações, linguagem corporal, etc). O mundo “offline” jamais pode ser substituído pelo online;Muitas pessoas, principalmente jovens estudantes, não pensam antes de postar algum conteúdo na internet. É preciso lembrar, porém, que tudo o que escrevemos na web pode ser visto e lógicamente, julgado. Posts com conteúdos comprometedores podem trazer complicações ao aluno ao longo de sua caminhada acadêmica e profissional. Algumas escolas, por exemplo, procuram informações prévias sobre futuros alunos e dependendo do que encontram, o estudante pode ser prejudicado. A internet é um livro aberto, por isso, orientar o jovem nesse aspecto é essencial.Desenhar um perfil online hoje em dia é fácil; Construir e desconstruir tornou-se parte da vida desses jovens e dos usuários. Eles fazem perfis, definem quem são, apagam perfis, somem e aparecem quando bem entendem. Com esse movimento constante, eles controlam o que querem ser e quando querem ser. Isso pode ser relevante para situações do dia-a-dia e ao longo da vida, em que, muitas vezes, devemos assumir determinados comportamentos, dar nossa opinião, nos calarmos, enfim, sermos flexíveis e nos adaptarmos aos diferentes cenários que nos são impostos.A alienação de algumas pessoas demonstra a supervalorização do virtual em detrimento do diálogo e do convívio com outros indivíduos, o que certamente afeta, de modo negativo, a interatividade entre os seres humanos. Por isso, antes de usar um aplicativo/dispositivo/rede social/twitter como esses, é preciso refletir e estabelecer limites a si mesmo, a fim de usufruir apenas as vantagens da ferramenta.Pensemos muito no assunto, já que estamos em uma época de muitos valores novos, baseados nesta tecnologia vingente, mas não podemos esquecer que o “Novo Ser Humano da Nova Terra” vai ser muito mais interligado com a sua consciência superior e essas tecnologias serão ferramentas importantes, mas jamais poderão substituir as nossas verdadeiras capacidades e potenciais a serem descobertos e utilizados para o bem de toda uma raça em evolução.
EQUIPE DA LUZ É INVENCÍVEL
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Bibliografia para consulta
Redes sociais na internet
Raquel Recuero
Redes sociais-comunicação
Marlene Marchiori
Direito e redes sociais na internet
Ricardo Mena Barreto
Transforme seu cérebro-transforme sua vida
Daniel G. Amem
Usar o cérebro
Facundo Manes
O cérebro-Inteligência artificial
João de Fernandes Teixeira
Ciência da informação
Vários autores
Jogos para treinar o cérebro
 Jorge Batllori
Nota:Biblioteca Virtual
Divulgação: A Luz é Invencível

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