Para o cérebro,
drogas e Deus têm efeito igual |
Religião e drogas ativam os mesmos circuitos do cérebro
Experiências religiosas e o consumo de drogas ativam os mesmos circuitos de recompensa do cérebro, afirma estudo de pesquisadores da Universidade de Utah (Estados Unidos).
A mesma região do cérebro é responsável também pelo prazer proporcionado pela música, sexo e jogo.
O pesquisador Jeff Anderson disse que as conclusões do estudo foram possíveis graças às novas tecnologias de imagens cerebrais.
"Estamos apenas começando a entender como o cérebro se comporta diante de experiências espirituais, divinas ou transcendentes”, disse ele, que é o principal autor do estudo.
O estudo teve como base exame que foram submetidos a 12 homens e sete mulheres mórmons. Ele foi publicado na revista Neuroscience social.
Anderson disse que a experiência religiosa influenciam as decisões das pessoas, para o bem e para o mal.
“Compreender como isso ocorre é extremamente importante.”
Com informação da Neuroscience social.
Umberto Eco dizia que a religião pode ter efeito de cocaína
Filósofo se tornou ateu nos anos 1950
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SÁBADO, 20 DE FEVEREIRO DE 2016
O filósofo e escritor italiano Umberto Eco (foto) foi um ateu devoto para quem ninguém conseguirá eliminar a religião da sociedade.
“Você pode ser ateu ou não crente, mas tem de reconhecer que a grande maioria dos seres humanos precisa de alguma crença religiosa”, escreveu.
Isto porque, explicou, a religião pode funcionar como uma droga tranquilizadora do povo, uma cocaína, porque dá respostas a algumas questões fundamentais e inquietadoras.
Mas isso, segundo ele, não implica maturidade do povo. “Se você render à ignorância e chamá-la de Deus, significa que foi prematuro, e continua prematuro até hoje.”
Eco se tornou ateu nos anos 1950, abandonando a Igreja Católica no auge de uma crise de fé, quando estudava São Tomás de Aquino. Desde então, se tornou crítico da igreja romana e das crenças em geral.
Eco morreu no dia 19 de fevereiro de 2016. Ele lutava contra um câncer. Nasceu na cidade de Alexandria no dia 5 de janeiro de 1932.
Com romancista, o seu livro mais conhecido é “O Nome da Rosa”, publicado em 1980. Foi um best-seller inclusive no Brasil. No romance, ele usou seu profundo conhecimento sobre a Idade Média.
Destacaram-se, também, os seus romances "O Pêndulo de Foucault" (1988) e "O Cemitério de Praga" (2010), além dos ensaios "A Estrutura Ausente" e "História da Beleza". Seu último romance. "O número Zero", foi publicado em 2015.
Começou a escrever romances quando já tinha 50 anos. Por isso, se considerava um jovem romancista.
No livro “Em que creem os quais não creem?” publicou uma conversa que teve com Carlo Maria Martini, arcebispo de Milão. Foi um encontro cordial.
Em sua vasta obra e entrevistas, algumas frases dão ideia da profundidade de seu ceticismo, como estas:
“Justificar tragédias como vontade divina tira da gente a responsabilidade por nossas escolhas.”
“Muitas vezes são os inquisidores a criar os heréticos.”
“Os homens nunca fazem o mal tão completa e entusiasticamente como quando o fazem por convicção religiosa.”
“Se libertar do medo do diabo é sabedoria.”
"Temei os profetas e aqueles que estão dispostos a morrer pela verdade, pois, em geral, farão morrer muitos outros juntamente com eles, frequentemente antes deles, por vezes no lugar deles."
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