A CIA criou mesmo um projeto para controlar mentes?
Sim! O MKULTRA rolou no início da Guerra Fria e até
hoje é cercado por dúvidas e polêmicas. O que era fato e o que era ficção?
1)Mentes
programadas
O MKULTRA foi um programa
clandestino da CIA nos anos 1950 e 1960, em plena Guerra Fria. O objetivo era
ficar à frente da União Soviética nessa técnica promissora, que permitiria
novos métodos de interrogatório ou de conversão de agentes. Mas, para isso,
foram utilizadas cobaias humanas, sem
que elas soubessem ou topassem participar.
2) Na 2ª Guerra Mundial
Especula-se
que a raiz do MKULTRA, na verdade, tenha
surgido com os testes que o médico nazista Joseph Mengele realizava
nos campos de concentração. Os soldados dos EUA teriam apreendido esses estudos
e aperfeiçoado-os em solo norte-americano. Foi a chamada Operação Clipe de
Papel, que teria inclusive recrutado Mengele e outros ex-nazistas para
colaborarem.
3) O outro “eu”
Para
o MKULTRA, a “chave” para o controle mental
era um trauma intenso, como
eletrochoques, abusos sexuais, privações sensoriais ou uso de drogas. Para
lidar com ele, a mente da cobaia se dissociava da realidade, gerando um alter
ego “adormecido” no subconsciente que poderia ser programável e manipulável.
Essa técnica é conhecida como Programação Monarca.
4) Vítimas da exclusão
Estima-se
que 80 instituições ofereceram
cobaias ao MKULTRA, incluindo a Universidade de
Harvard, hospitais e órgãos públicos e militares. A preferência era por
cidadãos marginalizados, cujo “sumiço” não geraria tantas suspeitas, como
órfãos, presidiários, viciados, prostitutas e doentes mentais. Mas estudantes,
militares e até membros da CIA também foram aliciados.
5) Overdose fatal
Documentos
oficiais vazados, depoimentos e gravações confirmam 149 experimentos de
controle mental e uma morte: a do cientista Frank Olsen, pesquisador de armas
biológicas da CIA. Durante uma conferência, Olsen teria ingerido (sem saber) um
drinque com LSD. A droga causou paranoia por vários dias e, enfim, um colapso
total que o fez se jogar de uma janela.
6) Suicídio forjado?
Em
1975, o presidente Gerald Ford pediu desculpas públicas pela morte de Olsen, e
a família do cientista foi indenizada. Mas uma segunda autópsia, encomendada
pelos filhos em 1994, revelou ferimentos no crânio e no peito anteriores à queda, o que deixou
dúvidas sobre o suposto suicídio. Eles abriram um processo contra o governo,
que foi resolvido com um acordo judicial.
7) Tudo pelo poder
Conspiradores
acreditam que a Programação Monarca não morreu com o fim do MKULTRA. Em busca do domínio mundial, uma
elite de controladores chamada de Nova
Ordem Mundial teria
mantido escravos monarcas na política, na indústria e em Hollywood, para
promover a pornografia, o tráfico e até assassinatos estratégicos, como os de
John Lennon, John Kennedy e Martin Luther King.
8) Mexendo na história
Joe
Jackson, o pai de Michael Jackson, é apontado como um agente MKULTRA. Ele teria abusado dos filhos para
controlar sua mente, discipliná-los e forçá-los a desenvolver talentos. Outras
teorias populares envolvem personalidades como Marilyn Monroe, Britney Spears, Beyoncé,
Justin Bieber e
até o filho de Will Smith, Jaden Smith, e a filha de Tom Cruise, Suri.
POR OUTRO LADO…
O projeto existiu. Mas sua
continuidade hoje em dia ainda não foi comprovada
–
Os experimentos vieram a público em 1975, após uma investigação de atividades da
CIA pelo congresso. Você pode ler um dossiê oficial na íntegra neste link.
–
Funcionários da CIA admitiram que, nos anos 1950 e 1960, administraram drogas
para alterar a mente de centenas de inocentes, para explorar as possibilidades
de controle da consciência.
–
Um oficial da CIA confirmou ao New York Times que
muitas cobaias eram mesmo prisioneiros, viciados e prostitutas: “Pessoas que
não poderiam revidar”. Em um dos testes, um homem foi drogado com LSD
continuamente durante 174 dias.
–
À frente dos testes, Sidney Gottlieb, chefe de um setor de serviços técnicos da
agência, declarou que os resultados foram inúteis e que ele abortou o projeto
em 1972. No ano seguinte, destruiu a maioria dos documentos. Um amigo dele
contou ao New York Times que
o próprio Gottlieb era um grande entusiasta e usuário do LSD.
–
A Operação Clipe de Papel também existiu. Cientistas nazistas receberam abrigo
nos EUA para continuarem suas pesquisas sobre armas químicas e biológicas.
–
Não há, contudo, nenhuma evidência irrefutável da existência da Nova Ordem
Mundial ou de sua ligação com os assassinatos citados.
FONTES Site The New York Times;
livros A Terrible Mistake: The Murder
of Frank Olson and the CIA’s Secret Cold War Experiments, de H.P.
Albarelli Jr., e The Illuminati Formula to
Create a Mind Control Slave, de Fritz Springmeier
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/a-cia-criou-mesmo-um-projeto-para-controlar-mentes/
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