Neurobiologia da obesidade- por Camila Betelli e Thais Moreira
Segundo o INBIO (Instituto Brasileiro Interdisciplinar da Obesidade) a obesidade é considerada uma síndrome multifatorial, em que a genética, o ambiente e o metabolismo interagem, assumindo diferentes quadros clínicos, nas diversas realidades socioeconômicas. Embora seja um tema recorrente da atualidade, a obesidade é observada e analisada desde a antiguidade. Sua representação artística mais conhecida e lembrada é a Vênus de Willendorf, uma pequena estatueta de 11 cm que representa a fecundidade e atesta a existência da obesidade naquela época, há 25.000 a.C. Já durante o Império Romano os padrões de beleza se alteraram e as mulheres se viram obrigadas a fazerem longos períodos de jejuns e abster-se de alimentos calóricos pelo fato de corpos esbeltos e magros serem mais atraentes e apreciativos. Isso mostra que a evolução da obesidade está intimamente ligada ao contexto social e sofre influencias diretas das mudanças políticas, culturais e econômicas da sociedade.
Vários pensadores, filósofos e médicos da história deram seu ponto de vista e análise sobre o tema. Para Hipócrates a infertilidade de mulheres com sobrepeso se dava pelo acúmulo de gordura no útero, tornando inviável a gestação, ele divulgou ainda através de seus estudos que a morte subida atingia um número maior de gordos do que magros. Galeno, o médico mais conceituado de toda a antiguidade, por sua vez, acreditava que ela era um estado de desobediência à natureza e definiu a obesidade em dois tipo: a moderada, uma forma natural de gordura e a imoderada, forma patológica.
A obesidade é uma das manifestações descritas em 24 desordens mendelianas, como a síndrome de Prader-Willi, e em seis tipos de desordens monogênicas não mendelianas, todas causando obesidade. Hoje a obesidade é um dos grandes problemas de saúde pública mundial; o acúmulo de gordura corporal é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares e diabetes, que são hoje as principais causas de morte no Brasil.
É incontestável que o ambiente moderno é um potencializador da obesidade. A civilização moderna está cercada de tecnologia que diminuem os níveis de necessidade de atividade física juntamente com o aumento de ingestão calórica são fatores determinantes ambientais que levam a população a adquirir o sobrepeso.
Segundo a OMS ( Organização Mundial de Saúde) a obesidade, caracterizada pelo acumulo de tecido adiposo no organismo, já atinge hoje aproximadamente um terço de toda a população mundial. A doença em questão é considerada uma epidemia e está entre os dez principais problemas de saúde pública do mundo. Tal fato faz com que haja atenção redobrada de profissionais de diversas áreas, e ainda que não seja concreta o ponto de transição entre a normalidade e o excesso de peso, é necessário considerar como medida o quanto à saúde física e psicológica são afetadas e a expectativa de vida é reduzida em função do aumento do peso.
Por muito tempo a obesidade foi vista como acomodação, falta de cuidado e de motivação pessoal. Mas ao decorrer do tempo, pesquisas e descobertas mostraram que para manter o peso ou controlar o apetite é preciso muito mais que esforço mental e disciplina alimentar. Existem fatores que vão além do comportamento alimentar, que influenciam no ganho excessivo de peso e podem levar à obesidade.
Neste presente trabalho iremos abordar a neurobiologia da obesidade, objetivando descrever os mecanismos pelos quais o organismo humano regula os processos de alimentação e reserva energética e o desequilíbrio desses processos com suas consequências. Por ser um assunto relevante nos dias atuais, tendo em vista a alta prevalência da obesidade na população mundial, o estudo sobre os mecanismos de controle do balanço energético e as disfunções que levam à obesidade é imprescindível para que se tenha estratégias de combate a essa epidemia.
Controle da homeostase energética
O mecanismo de controle homeostático do balanço energético corporal ainda não é totalmente esclarecido, mas sabe-se hoje que é realizado por populações especificas de neurônios que estão localizadas, em maior parte, no hipotálamo (1). A estimulação das diferentes áreas do hipotálamo regula a ingestão de alimentos através de dois centros: centro da fome, parte mais associada à fome situada na área lateral do hipotálamo, e centro da saciedade, localizado no núcleo ventromedial(2). A estimulação do centro da fome induz ao ato de comer e sua destruição leva a uma perda do desejo pelo alimento, levando por vezes à anorexia, à desnutrição e consequentemente à morte. Por outro lado, a estimulação do centro da saciedade leva à conduta de cessar o ato de alimentar- se, ou seja, opõe-se ao desejo de alimento. Quando é estimulado, o indivíduo que estiver a comer interrompe rapidamente a ingestão de alimento e torna-se indiferente a ele. Assim, se esta área for destruída, o centro do hipotálamo ligado à sensação de fome fica hiperativo, de modo que o indivíduo passa a ter um apetite voraz, o que resulta num grau extremo de obesidade.
Estes centros não trabalham alternadamente, na verdade, o centro da fome está sempre ativado e pode ser inibido pelo centro da saciedade. O centro da saciedade é ativado quando o nível de glicose nas suas células for elevado. Quando o nível de glicose for baixo, as células são inibidas e o centro da fome passa a exercer a sua função.
O sistema fisiológico que controla a ingestão de alimentos e o gasto e energético é constituído, de maneira simplificada, por três etapas basicamente. A primeira é por sinais aferentes de curta e longa duração, que permitem perceber o status energético do individuo. A segunda por centros cerebrais integradores, mais significativamente no hipotálamo, onde o nível de resposta eferente é determinado, e a terceira, por sinais eferentes incluindo aqueles reguladores da intensidade da fome e do nível de gasto energético.(3)
Sinais aferentes de curta e longa duração
O primeiro sinal aferente que permite ao cérebro perceber os níveis das reservas energéticas é constituído pela leptina. A queda dos níveis de leptina informa ao cérebro da diminuição de gordura armazenada e resultante de um equilíbrio energético negativo. Em consequência, são produzidos efeitos compensatórios sobre o apetite e o gasto energético. (3)
A leptina é um peptídeo que desempenha um importante papel na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético, controlando o gasto energético e o apetite. Descoberta pelo médico, professor Universidade de Rockefeller em Nova York e diretor do laboratório de Genética Molecular dessa mesma entidade, Jeffrey Friedman, e apresentada em 1994 a leptina é um hormônio que sinaliza ao cérebro a quantidade de gordura que já está armazenada no organismo, assim o cérebro pode controlar os níveis de acumulo de gordura através da ingestão e gasto energético, gerando um aumento de gasto de energia e diminuindo a ingestão alimentar. A quantidade de leptina presente no organismo é proporcional ao tamanho do tecido adiposo, quanto mais gordura, maiores são os níveis da leptina.(3)A ação da leptina é mediada pelo receptor da leptina (LepR).Membro da família de receptores de citocinas de classe 1, que também inclui os receptores do hormônio de crescimento.
Em suma, a leptina atua como sinal de longa duração do equilíbrio energético, mantendo o cérebro informado sobre as alterações ocorridas nos níveis de energia armazenada sob a forma de gordura. A percepção da redução dos níveis de leptina, aumenta a ingestão de alimentos , bem como minimiza o gasto energético.(3)
Além da leptina que representa um sinal de adiposidade de longa duração, uma grande quantidade de hormônios, a maioria secretados pelo sistema gastrointestinal, estão envolvidos com a regulação de curta duração do apetite. Esses hormônios atuam na saciação(a sensação de plenitude que contribui para a decisão de parar de comer) e não na saciedade(o prolongamento do intervalo até o reaparecimento da fome ou da vontade de comer). Foi demonstrado que alguns desses hormônios atuam nos mesmos centros cerebrais que a leptina. Uma secreção alterada ou uma resposta modificada a esses hormônios pode contribuir diretamente para a patogênese ou manutenção da obesidade.
Um desses hormônios é colecistoquinina (CCK) secretada na circulação sanguínea pelas células duodenais I. Essa secreção é estimulada pela presença de gordura e proteína no duodeno. A CCK estimula a motilidade intestinal , a contração da vesícula biliar, a secreçao de enzimas pancreáticas, o esvaziamento gástrico e a secreção acida. A CCK atua localmente, estimulando os nervos sensoriais vagais via receptor de CCK1 e informa ao cérebro que gorduras e proteínas estão sendo processadas para em breve serem absorvidas. Essa informação é transmitida ao hipotálamo através do rombencéfalo.
Existem outros hormônios que atuam na regulação de curta duração como o peptídeo y que aumenta a secreção de insulina e a grelina que aumenta a ingestão de alimentos e atua em parte por modulação direta da atividade dos neurônios de NPY(neuropeptideo Y)/AGRP(peptídeo agouti-associado)no núcleo arqueado do hipotálamo.(3)
Integração central da homeostase energética – hipotálamo
Numa segunda etapa, ocorre a integração central dos sinais de homeostase energética. De acordo com o modelo que prevalece atualmente, a concentração dos sinais de adiposidade circulantes, sobretudo da leptina, influencia as respostas aos sinais de saciação de curta duração e proporciona uma ingestão energética suficiente para manter um nível constante de energia armazenada. Estudos genéticos que foram realizados em camundongos e em seres humanos destacaram a existência de varias populações e circuitos neuronais críticos que traduzem a informação fornecida pelos sinais hormonais circulantes aferentes em respostas neurais reguladoras do apetite e do gasto energético. O hipotálamo é o locusprimário de integração dos sinais periféricos que influenciam o equilíbrio energético. Mais especificamente duas populações de neurônios localizados no núcleo arqueado, caracterizadas pela produção de neuromediadores específicos que atuam como sítio primário cerebral de recepção de sinais humorais que refletem o status energético corporal.(3)
Os neurônios de AGRP/NPY são orexigenos, ou seja, estimulam o apetite, esses neurônios sao inibidos pela leptina e sua atividade também é modulada por hormônios gastrointestinais. Os neurônios de pro-opiomelanocortina (POMC) são anorexígenos, inibem o apetite e são ativados pela leptina. Esses neurônios de primeira ordem enviam projeções para os neurônios de segunda ordem localizados em outras regiões do hipotálamo, especificamente no núcleo paraventricular (NPV) e na área hipotalâmica lateral(AHL).
A ação hipotalâmica da insulina no controle da homeostase é outro fator de regulação. Produzida pelas células beta-pancreáticas, é secretada tonicamente, durante as refeições.
Como a leptina, ela é transportada através da barreira hematoencefálica e agem em receptores expressos em neurônios do núcleo arqueado do hipotálamo, além de outras regiões do cérebro. (4)
Obesidade – resistência central à leptina e à insulina
A maioria dos casos de obesidade está associada a um quadro de resistência central a ação dos hormônios leptina e insulina. Após a descoberta da leptina ,constatou-se que a maioria dos indivíduos obesos não apresentavam deficiência de leptina ou insulina, ao invés disso, apresentavam níveis plasmáticos aumentados desses hormônios, e ao contrario do que se esperava não havia redução da ingestão alimentar.(5)
Assim, levantou-se a hipótese de que as formas comuns de obesidade estariam associadas a resistência à ação central dos sinais de adiposidade. Nos últimos anos , inúmeros estudos experimentais contribuíram para o esclarecimento sobre os mecanismos envolvidos na resistência hipotalâmica à ação desses hormônios. Segundo as principais descobertas, a indução de um processo inflamatório especificamente no hipotálamo resultaria na ativação de vias de sinalização intracelular que atenuam os efeitos biológicos locais da leptina e da insulina.(6)
Esses hormônios devem transpor a barreira hematoencefalica para atingirem seus receptores localizados no SNC. Eles dependem de um transporte saturável, por meio de receptores no plexo coroide como em capilares cerebrais. Foi observado que em camundongos com obesidade induzida por dieta, houve uma diminuição na relação entre os níveis centrais e periféricos desses hormônios, sugerindo que esse transporte possa ficar comprometido em indivíduos obesos. Esse defeito também parece estar presente em humanos, pelo menos para a leptina (7,8).Acredita-se que os mecanismos mais importantes de resistência à leptina e à insulina no hipotálamo estejam associados a defeitos pós-receptor.
De acordo com os estudos feitos em roedores observou-se que a manipulação dos diversos mecanismos envolvidos na resistência à leptina e à insulina no hipotálamo é capaz de modificar a adiposidade. Isso sugere que as alterações hipotalâmicas não sejam apenas uma extensão da inflamação presente na periferia, mas que estejam envolvidas na gênese da obesidade em modelos animais(1). Outro achado que corrobora essa hipótese é o de que a inflamação associada à resistência aos hormônios adipostáticos no hipotálamo de ratos, em resposta a uma dieta obesogênica, precede o ganho de peso e a indução do processo inflamatório no tecido adiposo.
Em resumo, observou-se que em animais de experimentação, a dieta hiperlipídica é capaz de induzir um processo inflamatório no hipotálamo, que interfere com as vias intracelulares de sinalização por esses hormônios, resultando em hiperfagia, diminuição do gasto de energia e, por fim, obesidade.
NÚCLEO ACCUMBENS – SISTEMA DE RECOMPENSA MESOLÍMBICO DA FOME
Esse sistema trata-se de um centro de recompensa responsável pela liberação de dopamina no núcleo accumbens (NAc), região situada entre a cabeça do núcleo caudado e o putamêm fazendo parte do corpo estriado. O NAc recebe aferências dopaminérgicas principalmente da área tegumentar ventral do mesencéfalo e projeta eferências para a parte orbitofrontal da área pré-frontal(9). Funções de plasticidade celular ligada ao aprendizado do apetite é função do NAc.(13)
O sistema de recompensa alimentar, de acordo com Berridgee et al. (10) se divide em três componente: “linking = componente hedônico”; “ Wating = motivação de incentivo”; “learning = aprendizagem que permite fazer associações e predições”. A resposta hedônica reflete sinais neurais que antecipa a resposta de prazer devido a ingestão de alimentos que são agradáveis ao paladar, já a motivação são sinais neurais de recompensa ao sentir o cheiro do alimento, por exemplo, que induzirão o indivíduo a procurar o alimento.
Foi verificado que em indivíduos obesos em situações de stress há uma dificuldade de chegar a recompensa, no caso a resposta hedônica, e por isso ingere mais alimentos, aumento da motivação de incentivo, a fim de se obter o sentimento de recompensa.(11)
A dopamina tem papel importante no sistema mesolimbico e é um dos principais nesse sistema.(13) Ela aumenta a procura de alimentos para que se possa obter o sentimento de recompensa. Quando é ingerido alimentos agradáveis ao paladar há uma liberação de dopamina no núcleo estriado e essa taxa de dopamina vai estabelecer o nível de prazer. No caso de um indivíduo obeso os receptores da dopamina se apresentam em uma taxa menor que em indivíduos normais não obesos.(11) Desse modo o indivíduo consume mais para tentar alcançar a recompensa e sentir prazer. Os seres humanos que possuem alelo TaqIA próximo do gene do D2R DA que é o gene para o receptor de dopamina tem predisposição de ganhar peso no futuro.(12)
Há evidências de que quando é ingerido alimentos agradáveis há uma queda do papel dos receptores de dopamina diminuindo assim, o sinal de recompensa.(11) Para compensar isso o indivíduo come mais. No entanto, com a disponibilidade de dopamina no local das sinapses e a diminuição de captação dessa pelos neurônios pós-sinápticos faz com que os neurônios pré-sinápticos faça receptação da dopamina o que leva a diminuição da resposta de recompensa. Para esse problema a administração de um inibidor de receptação de dopamina faria com que aumentasse a resposta de recompensa diminuindo assim a precisão do organismo em ingerir mais alimentos.(11)
Vale ressaltar também que a leptina, hormônio secretado pelo tecido adiposo branco, também influencia no sistema mesolímbico uma vez que receptores para esse hormônio se encontra em neurônios dopaminérgicos. Esse hormônio diminui a liberação de dopamina no núcleo acumbens(NAc) e consequentemente o indivíduo não tem vontade de comer uma vez que não necessita da sensibilidade de recompensa.(11)
IMPORTÂNCIA DO NEUROPEPTÍDIO Y
O neuropeptídio Y (NPY) é um dos mais abundantes tanto no sistema nervoso central como no sistema nervoso periférico. A nível do hipotálamo ele está contido no núcleo arqueado em uma pequena quantidade de neurônios, de onde saem em direção a outras partes do hipotálamo. Na área paraventricular o NPY tem relação com o comportamento alimentar proporcionando um estado positivo ao anabolismo. Ele proporciona uma aumento no armazenamento de energia, diminuiu os gastos energéticos do tecido adiposo marrom e estimula a deposição de lipídios no tecido adiposo branco.(14)
O NPY é um neurotransmissor que aumenta a ingestão alimentar, a sua via fica a ativa quando houver sinais de declínio de gordura, ou seja quando o indivíduo é privado de alimento. Quando isso acontece é produzido mais NPY na região do núcleo arqueado que será liberado na região paraventricular .
A leptina que é conhecido como o hormônio da saciedade vai agir sobre os neurônios do NPY uma vez que reduz a produção de NPY a nível do núcleo arqueado e consequentemente sua liberação. Em animais com deficiência na produção de leptina ou resistentes a esse hormônio apresenta mais produção de NPY o que contribui para a obesidade.(14)
CONCLUSÃO
O comportamento alimentar é regulado por mecanismos biológicos divididos em dois tipos distintos, os homeostáticos de controle energético e o hedônico de prazer e recompensa alimentar. O mecanismo homeostático envolve hormônios da fome como grelina, leptina, insulina e neurotransmissor como o neuropeptídio Y que atuam nos circuitos do hipotálamo estimulando ou inibindo a fome. O mecanismo de recompensa alimentar, ou mesolímbico, envolve as vias dopaminérgicas no núcleo accumbens. Resistência dos receptores de neurotransmissor ou hormônios, deficiência na produção desses hormônios podem levar a distúrbios alimentares gerando anorexia ou obesidade, que no caso dessa revisão foca o conteúdo da neurobiologia da obesidade.
Camila Betelli e Thais Moreira- acadêmicas do curso de Medicina-FCS/UFGD-XVa turma
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