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VIDEOGAMES AUMENTAM O QI? ESTUDO FAZ DESCOBERTA

  

Videogames aumentam o QI? Estudo faz nova descoberta

Nova pesquisa traz pontos favoráveis em relação ao aumento de QI por meio dos games. Porém, há ressalvas sobre os resultados

Por Luann Motta Carvalho, editado por Lyncon Pradella  17/11/2022 16h08

Um levantamento realizado na Universidade de Amsterdam, na Holanda, e no Instituto Karolinska, na Suécia, trouxe novos debates em relação ao uso de videogames por crianças. O estudo foi publicado pela revista Scientific Reports.

Segundo os resultados da pesquisa, uma criança que passa, em média, mais de uma hora por dia jogando videogames obteve um ganho em torno de 2,5 pontos de QI. Os pesquisadores usaram dados de testes realizados com mais de 5 mil crianças entre as faixas etárias de 9-10 anos e 11-12 anos.

Imagem: Reprodução/Freepik
Imagem: Reprodução/Freepik

Entre as perguntas que foram feitas, as crianças responderam questionários sobre a quantidade de tempo que dedicavam aos jogos. O estudo também analisou os impactos de outros tipos de eletrônicos, como televisão e vídeos online. Nesse caso, porém, não houve mudanças significativas nos testes de QI de crianças que usavam as redes sociais por meia hora diariamente ou assistiam TV por 2 horas e meia.

Apesar dos resultados que indicam benefícios do uso de games eletrônicos nos índices de inteligência, o levantamentou gerou ressalvas por parte de outros estudiosos. É o caso do Dr. Fabiano de Abreu Angrela, PhD neurocentista e responsável pelo descobrimento da inteligência DWRI.

“Estudos como esse precisam ser melhor explicados, pois pode enfatizar demais algumas coisas podendo provocar um aumento de usuários. Primeiro tem que ser levado em consideração que esse aumento de QI não é tão significante já que há o precursor genético como determinante e nem todos têm um igual aumento”, alertou.

Imagem: Reprodução/iStock
Imagem: Reprodução/iStock

Dr. Fabiano também destaca a importância de filtrar os games aos quais as crianças podem ter acesso, devido à possibilidade de conteúdo inadequado para a faixa etária. “Temos jogos que estimulam a violência, uns que encorajam até mesmo assassinos em série, também há o ciclo da dopamina para o vício e aumento da ansiedade”, afirmou o neurocentista.

“No equilíbrio, eu mesmo indico jogos para as crianças, inclusive, apoio que possamos apresentar tablets aos filhos com alguns limites, remover notificações, YouTube, redes sociais e deixar jogos que promovam a neuroplasticidade para a lógica principalmente”, completou.

Segundo o Dr. Fabiano, a pontuação em testes tradicionais de QI não representa, de fato, os níveis de inteligência global. “Há uma moda de QI no Brasil, um tanto quanto pelo teor narcisista, mas como comprovei na inteligência DWRI, não é apenas o QI que determina a inteligência de alguém”, disse ele.

    “Já presenciei pessoas de alto QI praticando cyberbylling e perseguição através de contas fakes, o que não é uma atitude inteligente, e envolver treinamentos que possam promover transtornos futuros, causam declínio na inteligência”, salientou.

    Por fim, o neurocientista afirma que não está indo de encontro aos resultados do estudo, mas destaca os cuidados que pesquisadores devem passar, especialmente ao pensar nos impactos que a influência do levantamento em relação aos videogames pode repercutir.

    “Não estou tirando a validade do estudo, pelo contrário, eu concordo. No entanto, deve haver um cuidado com o impacto, no que a matéria influencia e trazer as nuances. Em meus estudos eu não apenas comprovo, mas trago as vertentes”, explicou.


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