A INTELIGÊNCIA DOS ELEFANTES: AS PROVAS CIENTÍFICAS DE QUE ESTES ANIMAIS SÃO EXTREMAMENTE INTELIGENTES
Uma família investiga ossos de elefante (C) ElephantVoices
Uma família investiga ossos de elefante (C) ElephantVoices
A Inteligência dos Elefantes
A fabricação e a utilização de ferramentas, a compreensão da morte, a empatia e sua memória notável.
Por ElephantVoices – tradução livre de Andrea Schmidt.
Os elefantes estão entre os animais não humanos mais inteligentes e complexos, tanto do ponto de vista emocional como social. Como regra, podemos ver que as espécies que possuem os maiores cérebros têm um melhor desenvolvimento do córtex cerebral e uma melhor capacidade de aprendizagem, além da habilidade de reter informações por mais tempo. Décadas de estudos compõem uma literatura com pesquisas e acompanhamentos científicos sobre a inteligência e as habilidades cognitivas desses animais.
Família explorando a Reserva de Kitirua, no Kenya (C) JuniaMachado/ElephantVoices
Os elefantes possuem uma memória notável, acumulando conhecimentos sociais e ecológicos, lembrando-se de aromas e vozes de outros indivíduos, rotas migratórias, lugares especiais e habilidades aprendidas. Há alguns relatos de histórias reais de elefantes que se lembraram de pessoas com quem tinham tido uma relação social e que não viam há anos. Joyce Poole tem sua própria experiência sobre a extraordinária memória desses gigantes da natureza. Em meados de 1980, ela estabeleceu uma relação especial com um jovem macho chamado Vladimir. Quando parava seu carro e o chamava, ele vinha até sua janela, deixando que ela tocasse sua tromba e suas presas. Por cinco anos, interagiram dessa forma provavelmente oito ou dez vezes. Depois de 1991, ficaram 12 anos sem se ver. Quando ela se encontrou novamente com ele, em maio de 2003, ele já era um adulto de 34 anos, e foi difícil para ela reconhecê-lo. Mas algo na maneira pela qual ele se movimentava lhe disse que era seu velho amigo. Parou o carro (um carro que era novo para ele) e o chamou. Ele deixou seu caminho, caminhou em direção a ela, rodeou o carro, foi até sua janela e deixou que ela tocasse sua tromba e suas presas, como fazia 12 anos atrás.
A memória dos elefantes é ainda melhor quando se trata de sua própria espécie. Carol Buckley relata um caso em que duas elefantas – Shirley (53 anos) e Jenny (30 anos) – que haviam trabalhado juntas em um circo foram reunidas no Santuário de Elefantes do Tennessee, após 23 anos separadas. A saudação exuberante de ambas, quando foram reunidas, foi a primeira indicação de que já se conheciam. A partir de então, Shirley, que tinha 30 anos quando foi separada de Jenny, ainda um bebê, começou a se comportar de modo maternal. Sempre que Jenny se deitava, Shirley ficava a seu lado, fazendo sombra com seu corpo para protegê-la do sol e se tornando uma barreira contra algum perigo. Seu relacionamento no santuário mostrava claramente que não só se lembravam uma da outra, como também do relacionamento especial de adulto e bebê que haviam experimentado no passado.
Mãe ajuda seu filhote, que estava atolado em uma poça de lama(©ElephantVoices)
A complexidade social dos elefantes decorre, em parte, dessa capacidade que promove o desenvolvimento de múltiplas camadas de relações sociais. Estudos com “playback" realizados no Parque Nacional do Amboseli fornecem boas evidências para a grande rede e a memória social dos elefantes. Quando estão a uma longa distância, sem contato visual, os elefantes usam chamados de sons para se comunicar, e Karen McComb e outros pesquisadores descobriram que fêmeas de elefantes são capazes de se lembrar dos chamados de sons das fêmeas que fazem parte da família e do grupo e distingui-los dos sons das fêmeas que não fazem parte de seu grupo social, reconhecendo também chamados de grupos de famílias mais distantes, dependendo da frequência.
Dados importantes também foram descobertos em Amboseli com famílias lideradas por jovens matriarcas que procuravam por grupos familiares liderados por matriarcas mais velhas, provando a inteligência delas ao reconhecer que indivíduos mais velhos possuem um amplo conhecimento sobre diversos recursos, como a localização de áreas e regiões com alimentos sazonalmente disponíveis. Além disso, devido ao conhecimento ecológico e social adquirido com o aumento da idade, as fêmeas mais velhas têm maior sucesso reprodutivo do que as fêmeas mais jovens. Tais comportamentos podem ser de muita importância para momentos de dificuldades, diminuindo assim o índice de mortalidade no grupo.
Jovem fêmea utilizando um graveto para se coçar (©ElephantVoices)
Ainda podemos dizer que os elefantes utilizam e até mesmo fabricam ferramentas simples, conseguindo também manipular e modificar objetos de pequeno e grande porte. Comportamento interessante, visto que muitos pensam ser este um procedimento exclusivo de primatas. Não poderíamos deixar de falar então de outro comportamento muito complexo, relacionado a empatia. Comportamentos empáticos são comumente observados entre os elefantes, incluindo a formação de coalizões para ajudar outros indivíduos que precisam de auxílio; a proteção aos elefantes jovens ou feridos (ou até mesmo a outras espécies); o conforto aos indivíduos angustiados; o cuidado de filhotes que estão separados de suas mães; a recuperação de filhotes que estão separados de sua família natal; a ajuda a indivíduos que caíram, precisam de assistência física ou estão imobilizados; e a remoção de objetos estranhos de um elefante.
Uma discussão sobre a inteligência dos elefantes seria incompleta se não mencionasse sua compreensão sobre a morte. Os elefantes demonstram variadas reações à morte de amigos e familiares, e reagem até mesmo a carcaças encontradas no caminho.
Saiba ainda mais sobre a inteligência dos elefantes, acessando o texto completo original da ElephantVoices.
Fonte:http://elephantvoicesbrasil.blogspot.com.br/2011/08/inteligencia-dos-elefantes.html
A fabricação e a utilização de ferramentas, a compreensão da morte, a empatia e sua memória notável.
Por ElephantVoices – tradução livre de Andrea Schmidt.
Os elefantes estão entre os animais não humanos mais inteligentes e complexos, tanto do ponto de vista emocional como social. Como regra, podemos ver que as espécies que possuem os maiores cérebros têm um melhor desenvolvimento do córtex cerebral e uma melhor capacidade de aprendizagem, além da habilidade de reter informações por mais tempo. Décadas de estudos compõem uma literatura com pesquisas e acompanhamentos científicos sobre a inteligência e as habilidades cognitivas desses animais.
Família explorando a Reserva de Kitirua, no Kenya (C) JuniaMachado/ElephantVoices
Os elefantes possuem uma memória notável, acumulando conhecimentos sociais e ecológicos, lembrando-se de aromas e vozes de outros indivíduos, rotas migratórias, lugares especiais e habilidades aprendidas. Há alguns relatos de histórias reais de elefantes que se lembraram de pessoas com quem tinham tido uma relação social e que não viam há anos. Joyce Poole tem sua própria experiência sobre a extraordinária memória desses gigantes da natureza. Em meados de 1980, ela estabeleceu uma relação especial com um jovem macho chamado Vladimir. Quando parava seu carro e o chamava, ele vinha até sua janela, deixando que ela tocasse sua tromba e suas presas. Por cinco anos, interagiram dessa forma provavelmente oito ou dez vezes. Depois de 1991, ficaram 12 anos sem se ver. Quando ela se encontrou novamente com ele, em maio de 2003, ele já era um adulto de 34 anos, e foi difícil para ela reconhecê-lo. Mas algo na maneira pela qual ele se movimentava lhe disse que era seu velho amigo. Parou o carro (um carro que era novo para ele) e o chamou. Ele deixou seu caminho, caminhou em direção a ela, rodeou o carro, foi até sua janela e deixou que ela tocasse sua tromba e suas presas, como fazia 12 anos atrás.
A memória dos elefantes é ainda melhor quando se trata de sua própria espécie. Carol Buckley relata um caso em que duas elefantas – Shirley (53 anos) e Jenny (30 anos) – que haviam trabalhado juntas em um circo foram reunidas no Santuário de Elefantes do Tennessee, após 23 anos separadas. A saudação exuberante de ambas, quando foram reunidas, foi a primeira indicação de que já se conheciam. A partir de então, Shirley, que tinha 30 anos quando foi separada de Jenny, ainda um bebê, começou a se comportar de modo maternal. Sempre que Jenny se deitava, Shirley ficava a seu lado, fazendo sombra com seu corpo para protegê-la do sol e se tornando uma barreira contra algum perigo. Seu relacionamento no santuário mostrava claramente que não só se lembravam uma da outra, como também do relacionamento especial de adulto e bebê que haviam experimentado no passado.
Mãe ajuda seu filhote, que estava atolado em uma poça de lama(©ElephantVoices)
A complexidade social dos elefantes decorre, em parte, dessa capacidade que promove o desenvolvimento de múltiplas camadas de relações sociais. Estudos com “playback" realizados no Parque Nacional do Amboseli fornecem boas evidências para a grande rede e a memória social dos elefantes. Quando estão a uma longa distância, sem contato visual, os elefantes usam chamados de sons para se comunicar, e Karen McComb e outros pesquisadores descobriram que fêmeas de elefantes são capazes de se lembrar dos chamados de sons das fêmeas que fazem parte da família e do grupo e distingui-los dos sons das fêmeas que não fazem parte de seu grupo social, reconhecendo também chamados de grupos de famílias mais distantes, dependendo da frequência.
Dados importantes também foram descobertos em Amboseli com famílias lideradas por jovens matriarcas que procuravam por grupos familiares liderados por matriarcas mais velhas, provando a inteligência delas ao reconhecer que indivíduos mais velhos possuem um amplo conhecimento sobre diversos recursos, como a localização de áreas e regiões com alimentos sazonalmente disponíveis. Além disso, devido ao conhecimento ecológico e social adquirido com o aumento da idade, as fêmeas mais velhas têm maior sucesso reprodutivo do que as fêmeas mais jovens. Tais comportamentos podem ser de muita importância para momentos de dificuldades, diminuindo assim o índice de mortalidade no grupo.
Jovem fêmea utilizando um graveto para se coçar (©ElephantVoices)
Ainda podemos dizer que os elefantes utilizam e até mesmo fabricam ferramentas simples, conseguindo também manipular e modificar objetos de pequeno e grande porte. Comportamento interessante, visto que muitos pensam ser este um procedimento exclusivo de primatas. Não poderíamos deixar de falar então de outro comportamento muito complexo, relacionado a empatia. Comportamentos empáticos são comumente observados entre os elefantes, incluindo a formação de coalizões para ajudar outros indivíduos que precisam de auxílio; a proteção aos elefantes jovens ou feridos (ou até mesmo a outras espécies); o conforto aos indivíduos angustiados; o cuidado de filhotes que estão separados de suas mães; a recuperação de filhotes que estão separados de sua família natal; a ajuda a indivíduos que caíram, precisam de assistência física ou estão imobilizados; e a remoção de objetos estranhos de um elefante.
Uma discussão sobre a inteligência dos elefantes seria incompleta se não mencionasse sua compreensão sobre a morte. Os elefantes demonstram variadas reações à morte de amigos e familiares, e reagem até mesmo a carcaças encontradas no caminho.
Saiba ainda mais sobre a inteligência dos elefantes, acessando o texto completo original da ElephantVoices.
Fonte:http://elephantvoicesbrasil.blogspot.com.br/2011/08/inteligencia-dos-elefantes.html
CABEÇA DE ELEFANTE: AS PROVAS DA GRANDE INTELIGÊNCIA DESSE ANIMAL
Os elefantes sabem distinguir a etnia, o sotaque e o sexo das vozes humanas que ouvem. Utilizam essa capacidade para se defender e se esconder de inimigos potenciais. Aqui estão várias provas da grande inteligência desses animais
Por: Equipe Oásis
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Sussex (GB) fez com que elefantes africanos (Loxodonta africana) do Amboseli National Park, no Quênia, escutassem uma série de gravações de vozes humanas. Algumas frases erram pronunciadas por homens da etnia Massai, pastores que ocasionalmente entram em conflito com os elefantes por questões ligadas ao acesso às fontes de água e a ocupação dos territórios.
Outras vozes pertenciam a homens kamba (a etnia da maior parte dos empregados dos funcionários do parque), que raramente representam algum perigo para os paquidermes. Outras vozes ainda pertenciam a mulheres e crianças da tribo Massai. Todos pronunciavam a mesma frase: Olha lá, há um bando de elefantes se aproximando!"
O elefante percebe a morte
Os que se dedicam ao estudo comportamental dos elefantes há muito conheciam, com admiração, a capacidade que esses paquidermes têm de perceber a morte, reconhecer o odor dos inimigos e a própria imagem no espelho. A nova pesquisa acrescentou mais uma descoberta a respeito da proverbial inteligência dos elefantes: pelo menos os da África sabem reconhecer a proveniência étnica e o gênero das vozes que escutam, e utilizam essa habilidade para "cheirar" o perigo.
A audição das gravações aconteceram durante as horas diurnas a centenas de elefantes de 47 famílias diferentes. Quando eram os homens massai que falavam, a maior parte dos paquidermes se juntava aos demais exemplares, cheirando o ar com a tromba e afastando-se cautelosamente. O mesmo não acontecia, no entanto, quando ouviam as outras vozes, sinal que os elefantes muito provavelmente sabem distinguir tonalidades e características dos humanos que consideram perigosos.
"A reação deles é muito sofisticada", comenta Keith Lindsay, biólogo e membro do comitê científico do Amboseli Elephant Research Project. "A maior parte dos animais sairia correndo diante do mais genérico perigo representado pela presença humana. Em vez disso, diante das vozes dos massais os elefantes tendem apenas a permanecer alerta e a afastar-se devagar, como se reconhecessem que os homens estão simplesmente falando e não caçando. Com efeito, se estivessem caçando, não falariam, permaneceriam em silêncio".
Homem, inimigo potencial
Um outro estudo publicado há um mês na revista científica digital PLos One ( www.plosone.org/ ) demonstra como os elefantes possuem chamados vocais específicos para designar os seres humanos. Sinal de que, na opinião dos cientistas, as relações entre o homem e os paquidermes está se tornando cada vez mais tensa. Com efeito, os elefantes africanos estão cada vez mais ameaçados por causa do desaparecimento do seu habitat e da caça ilegal que abastece o contrabando de marfim.
A ciência já descobriu vários outros sinais da grande inteligência desses animais. Por exemplo: eles usam a tromba para se comunicar com uma espécie de linguagem e sinais.
A tromba do elefante é um dos instrumentos mais completos e fascinantes de todas as anatomias dos seres vivos que habitam a superfície do planeta. O elefante africano possui uma tromba com dois "dedos" preênseis situados na sua extremidade inferior; o elefante asiático possui apenas um desses "dedos".
Formada por mais de 100 mil músculos, a tromba possui uma força tal capaz de levantar pesos superiores a 250 quilos. Ao mesmo tempo, a sensibilidade de que esse órgão é dotado permite ao animal, se ele assim o quiser, arrancar da terra uma única folha de erva. A tromba serve também para bramir, levar água e alimento à boca, lançar barro e poeira sobre o próprio corpo, etc. Na imagem abaixo vemos um elefante asiático imerso no mar das Ilhas Andaman, na Índia. A tromba, nesse caso, funciona como um tubo de snork que permite ao animal, inteiramente mergulhado na água, respirar.
Mas isso não é tudo: a tromba é usada para que os elefantes conversem através de uma espécie de linguagem de sinais. Por exemplo, uma tromba em forma de "S" significa "quero te conhecer". Se, em vez disso, as trombas de dois elefantes se cruzam, como num aperto de mãos, significa que eles estão se cumprimentando. Mas se o elefante levantar a tromba bem alto e deixá-la parada nessa posição, trata-se de um aviso de alerta ao bando: Atenção, algo está acontecendo!
Ninguém fica órfão!
Os elefantes são animais extremamente sociais. Para a maior parte das espécies, se a mãe morre resta pouca esperança de vida para os seus filhotes. Mas entre os elefantes as coisas são bem diversas. Existem inúmeros exemplos de irmãs mais velhas que passam a tomar conta dos irmãos menores quando a mãe morre. Isso acontece inclusive quando a elefanta irmã já têm um filho. Mas a coisa mais surpreendente é que a adoção pode acontecer até mesmo quando o filhote não pertence ao mesmo grupo familiar.
Eu bebo sim
Entre as semelhanças e analogias comportamentais que os elefantes têm com os seres humanos está, curiosamente, um certo gosto pela embriaguez. Em matéria de "drogas" consumidas pelos animais, a predileção dos elefantes é sem dúvida o álcool. Eles são capazes de esperar a maturação dos frutos de diversas espécies de palmeiras, até que cheguem ao ponto de fermentação que torna o fruto alcoólico. Essa espera indica que a procura do álcool é intencional. Infelizmente, como acontece com certos humanos, os elefantes embriagados podem ficar superexcitados e podem perder a coordenação motora – o que é muito preocupante dado o seu enorme tamanho e peso. Embriagados, podem se tornar agressivos, entrar numa espécie de síndrome de pânico, e por causa disso tornar-se um sério perigo para os humanos. São frequentes na África as notícias sobre problemas desse tipo. Mas na Índia, graças a essa sensibilidade ao álcool, os elefantes são usados para descobrir destilarias clandestinas de bebidas alcoólicas.
Os elefantes sabem quem são
Os elefantes são um dos poucos animais (junto aos chimpanzés, os gorilas e os golfinhos) que conseguem reconhecer sua própria imagem num espelho. Em Nova York, o Zoo do Bronx realizou várias experiências nesse sentido, com resultados surpreendentes. Numa dessas ocasiões, três elefantas foram colocadas diante de um grande espelho (2,5 metros de altura por 2 metros de largura). Os zoólogos achavam que elas iriam se assustar, mas isso não aconteceu. Logo após terem aparentemente, reconhecido a si próprias, elas começaram a se "arrumar". A primeira elefanta começou a inspecionar o interior da própria boca aberta diante do espelho. A segunda preferiu inspecionar a própria orelha, com o auxílio da tromba. A terceira procurou arrancar uma cruz feita com esparadrapo branco e que lhe fora colada na cabeça sem que ela o percebesse (Veja o vídeo)
Ao analisar a experiência, os cientistas comentam que os elefantes percebiam estar diante de alguma coisa estranha e, inicialmente, tentaram olhar por cima do espelho para ver se havia alguma outra coisa por trás dele. Depois se abaixaram para verificar se haveria alguma coisa não visível abaixo dele.
Mas o mais surpreendente foi o fato de que, passada uma certa perplexidade inicial, os animais começaram a se concentrar em si mesmos, e a examinar algumas partes do próprio corpo. A maior surpresa foi quando começaram a operar sobre si mesmos – e não sobre as imagens refletidas no espelho – na tentativa de mudar alguma coisa como, por exemplo, a cruz de esparadrapo.
A conclusão a que se chegou é que as três elefantas se reconheceram no espelho, o que demonstra que possuem um certo conhecimento de si mesmas. Esta é sem dúvida uma função muito útil para quem vive em sociedade, onde é necessária a percepção do outro como uma entidade diferente e diversa, e também para que se possa mostrar empatia em relação ao outro.
Vídeo: Veja abaixo o comovente vídeo do reencontro de duas elefantas asiáticas, depois de 22 anos de separação.
Fonte:https://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/133488/Cabe%C3%A7a-de-elefante-As-provas-da-grande-intelig%C3%AAncia-desse-animal.htm
Pesquisadores descobrem que elefantes também têm intuição
Em experiência feita nos EUA, animal de nove anos resolve problema sem se basear na tentativa e erro, se igualando a humanos, macacos e golfinhos
Elefantes têm boa memória e um grande senso de relacionamento social. Mas somente agora pesquisadores conseguiram comprovar que eles também são capazes de planejar ações. Em um experimento realizado no Zoológico Nacional de Washington, nos Estados Unidos, pesquisadores flagraram um elefante de nove anos de idade resolvendo problemas. O mais impressionante é que ele fez isso sem se basear na tentativa e erro.
Até agora, a intuição – a habilidade de perceber algo que não se pode verificar ou que ainda não aconteceu – parece ser limitada na natureza. Apenas humanos, macacos e golfinhos demonstraram imaginar soluções para problemas, o que lhes confere um status superior na classificação de ‘inteligência animal’.
A demora em reconhecer a inteligência superior dos elefantes pode ter sido causada por experiências mal formuladas no passado. Pesquisadores podem ter se enganado um pouco na maneira de interpretar as estratégias alheias. Na primeira situação criada para avaliar o desempenho de elefantes, por exemplo, realizada anteriormente por outros pesquisadores, a equipe deixou varas de bambu no chão para que um elefante pudesse se equipar para alcançar frutas nas árvores. O animal não fez nenhuma tentativa.
No segundo experimento, a equipe deixou frutas à vista, mas fora do alcance (como antes). Um cubo foi deixado no chão no lugar das varas. Depois de examinar a situação durante cerca de vinte minutos, o elefante se aproximou do cubo, fez o objeto rolar e prontamente pisou sobre ele para ficar mais alto e alcançar a fruta. Nos dias seguintes, ele usou a mesma estratégia rapidamente.
A equipe acredita que o primeiro teste provavelmente não teve êxito em demonstrar o mesmo tipo de ‘sacada’ porque o elefante usa a tromba como vara (a ferramenta poderia, em outras palavras, incapacita-lo de perceber a fruta). Um artigo sobre o trabalho foi publicado no periódico científico especializado PLoSOne.
Fonte:https://veja.abril.com.br/ciencia/pesquisadores-descobrem-que-elefantes-tambem-tem-intuicao/
Elefantes sendo treinados na Tailândia, em 1992. Há séculos esses animais são presos e treinados a fim de satisfazer os interesses de seres humanos.
Os estudos da inteligência em elefantes têm demonstrado que tais animais são dotados de um aparato cognitivo capaz de lhes propiciar diversas ações que podem ser compreendidas como sinais de inteligência, colocando-os entre os mais inteligentes do reino animal.[1] Eles são capazes, por exemplo, de reconhecer suas próprias imagens num espelho,[2] ou mesmo serem capazes de efetuar somas.[3]
Referências
Ligações externas
FONTE:WIKIPÉDIA
ELEFANTES RECONHECEM PRÓPRIA IMAGEM NO ESPELHO
Os elefantes têm a capacidade de reconhecer sua própria imagem no espelho, de acordo com um estudo americano.
Até agora, esse tipo de reação só tinha sido observada em seres humanos, nos grandes primatas e nos golfinhos nariz-de-garrafa.
O estudo, realizado pelo Centro Nacional Yerkes de Pesquisa de Primatas, da Universidade americana de Emory, analisou o comportamento de três elefantes asiáticos em frente a um espelho de grandes proporções (2.5 por 2.5 metros).
Um dos animais, a elefanta Happy, passou no clássico teste da marca na testa, usado para avaliar o reconhecimento de imagem em crianças e macacos.
Ela tocou o “X” pintado em sua testa com a tromba repetidas vezes. A marca só podia ser vista pela elefanta através do espelho.
Happy ignorou uma outra marca, feita com tinta transparente para garantir que ela não estava reagindo apenas à sensação ou ao cheiro da substância.
Happy passou no teste do "X"
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Os outros elefantes não passaram nesse teste, mas também deram sinais de reconhecimento de sua imagem, inspecionando, por exemplo, dentro de suas bocas.
Os animais também levaram comida para ser consumida em frente ao espelho.
"A complexidade social do elefante, seu conhecido comportamento altruísta e, claro, seu enorme cérebro fizeram dele um candidato lógico para o teste em frente ao espelho”, disse Joshua Plotnik, da Universidade Emory.
Outro animal
Vários animais reagem ao reflexo em espelhos, mas poucos mostram indicações de que sabem que se trata de suas próprias imagens refletidas.
Cães, por exemplo, reagem ao "outro cachorro" e muitas vezes procuram o que acreditam ser outro animal atrás do espelho.
"Os elefantes já tinham sido testados antes, mas os estudos haviam usado espelhos relativamente pequenos e fora do alcance dos animais", disse Plotnik.
"Esse estudo é o primeiro a testar os animais em frente a enormes espelhos que eles podiam tocar, esfregar e inspecionar."
Segundo Frans de Waal, que também participou da pesquisa, "o elefante entra para a elite cognitiva dos animais".
"Apesar de os elefantes serem muito mais distantes de nós do que os grandes primatas, eles parecem ter desenvolvido capacidades sociais e cognitivas semelhantes às nossas, entre elas os sistemas sociais complexos e a inteligência", disse Waal.
"Esses paralelos entre humanos e elefantes sugerem uma evolução cognitiva convergente, possivelmente relacionada à sociabilidade complexa e à cooperação."
Os elefantes analisados vivem no zoológico do Bronx, em Nova York.
Elefantes entram para "elite cognitiva"
Fonte:http://www.bbc.com/portuguese/ciencia/story/2006/10/061031_elefanteimagemir.shtml
10 curiosidades sobre elefantes que você
não sabia
Existem histórias curiosas envolvendo elefantes, como
o caso de um bebê elefante brincando com um
Maiores mamíferos terrestres, os elefantes são divididos em duas espécies: a elephas maximus, elefante asiático; e a loxodonta africana, o elefante africano.
O elefante africano é diferenciado de um asiático pelo tamanho: além de ser mais alto, o africano possui orelhas e presas maiores do que as dos seus parentes asiáticos. Os elefantes cativam pessoas de todas as idades com as suas atitudes, carisma e inteligência.
10 curiosidades sobre elefantes
Existem muitas histórias curiosas envolvendo estes animais, como o caso de um bebê elefante que fez sucesso ao brincar com passarinhos e outro alegrou o dia de muitas pessoas ao tomar banho de mangueira. Confira a seguir 10 curiosidades sobre elefantes que você não sabia:
1. Proteção contra o perigo
Os elefantes são muito ligados uns aos outros e, quando estão em perigo, os animais formam um círculo em que os mais fortes protegem os mais fracos. Por terem uma forte ligação, eles parecem sofrer muito com a morte de um membro do grupo.
2. Audição aguçada
Os elefantes possuem a audição tão boa que podem facilmente detectar os passos de um camundongo. Estes mamíferos ouvem tão bem que conseguem escutar sons até mesmo pelos pés: de acordo com um estudo da bióloga Caitlin O’ Connell-Rodwell, da Universidade de Stanford (EUA), os passos e as vocalizações dos elefantes ressonam em outra frequência e outros animais conseguem receber a mensagem, pelo chão, até 10 quilômetros afastados do emissor.
3. Alimentação
Um elefante come 125 quilos de plantas, capim e folhagens, e bebe 200 litros de água por dia, sendo que a sua tromba suga 10 litros de água de uma só vez.
4. Capacidade de identificar sentimentos
Assim como nós, seres humanos, os elefantes são capazes de identificar os sentimentos e o estado psicológico dos seus companheiros. Caso percebam que algo não está bem, buscam emitir sons e tocar para aconselhar, confortar e animar o amigo que está triste.
Estes mamíferos também procuram ser solidários com os semelhantes que estão com problemas de saúde ou à beira da morte.
5. O poder da tromba
Composta pela junção do nariz com o lábio superior dos elefantes, a tromba é a principal responsável pela respiração do animal, mas desempenha muitas outras funções importantes.
O órgão possui mais de 100 mil músculos fortes que ajudam estes mamíferos a pegar uma folha de grama até arrancar galhos de árvores inteiros. A tromba possui capacidade para cerca de 7,5 litros de água, permitindo que os animais a utilizem para despejar o líquido na boca e beber ou espirrar no corpo para tomar banho.
Além disso, a tromba também é usada nas interações sociais, para abraçar, cuidar e confortar outros animais.
6. Gestação longa
A gestação dos elefantes é a mais longa entre os mamíferos: são 22 meses.
7. O choro dos elefantes
Ao mesmo tempo em que são fortes, resistentes e possuem senso de humor, estes mamíferos também choram de emoção. Existem alguns casos que levam os cientistas a acreditam que os choros dos elefantes estão realmente ligados aos sentimentos de tristeza.
8. Terra e lama como proteção
As brincadeiras dos elefantes envolvendo terra e lama possuem uma função muito importante: proteger a pele do animal contra os raios solares.
9. Bons nadadores
Apesar do tamanho, os elefantes se locomovem muito bem pela água e utilizam as pernas fortes e a boa flutuação para atravessar rios e lagos.
10. Memória de elefante
Você com certeza já ouviu a expressão “ter memória de elefante”, não é? E, sim, os elefantes realmente possuem a capacidade de preservarem recordações de outros seres por anos e até décadas.
Fonte:https://www.estudopratico.com.br/10-curiosidades-sobre-elefantes-que-voce-nao-sabia/
Inteligência dos elefantes (memória)
Os elefantes continuam a fascinar cientistas e admiradores da espécie. Eles são reconhecidos como uma das criaturas mais inteligentes do planeta e alguns entusiastas acreditam que sua inteligência rivaliza com a dos humanos.
Aristóteles chegou a dizer dos elefantes que eles eram "a besta que supera todos os outros em sagacidade e mente".
Proporcionalmente, o cérebro do elefante é bastante grande, em uma massa de pouco mais de 5 quilos. Para ser mais bem compreendido, pode ser ilustrado pelo exemplo da maior baleia, que é 20 vezes maior que a de um elefante, mas seu cérebro é duas vezes menor.
O cérebro. Justificação possível
A necessidade de um órgão tão grande e complexo torna-se evidente se levarmos em conta os comportamentos e habilidades desses animais.
Os elefantes são capazes de manifestar uma ampla gama de emoções, incluindo alegria, dor e luto.
Além disso, os elefantes são capazes de aprender novos fatos e comportamentos, imitar sons que ouvem, automedicar, brincar com senso de humor, realizar atividades artísticas, usar ferramentas, visualizar compaixão e ter e manifestar autoconsciência.
Parte da razão pela qual os elefantes têm um nível de inteligência tão alto do que outros animais é a estrutura do cérebro. Seu neocórtex é muito complexo, assim como o de humanos, macacos e alguns golfinhos, o que é geralmente aceito como uma indicação de inteligência desenvolvida.
Por outro lado, o córtex é espesso e compreende muitos neurônios.
O elefante é uma das poucas criaturas (junto com os humanos) que não nascem com instintos de sobrevivência, mas precisa aprendê-las durante a infância e a adolescência. O cérebro é especialmente projetado para realizar esse tipo de aprendizado durante sua vida.
Os elefantes e os seres humanos têm uma expectativa de vida e uma margem de tempo semelhantes, aproximadamente 10 anos, para aprender os fundamentos antes de serem considerados adultos independentes.
As lições a serem aprendidas são várias e, como exemplos, podem ser citados como alimentar, usar ferramentas e entender seu lugar na estrutura social.
Outro fato distintivo na matéria é a capacidade dos Elefantes de memorizar e compreender e manifestar emoções. Isso também tem sua justificativa na estrutura cerebral, caracterizada pelo alto desenvolvimento de seu hipocampo, área responsável além de flashbacks emocionais e de que os elefantes podem sofrer de estresse pós-traumático.
Emoção e capacidades a serem destacadas
Entre o conjunto de emoções que foram observadas podem manifestar os elefantes, a capacidade de lamentar seus mortos merece uma menção especial.
Esse comportamento já havia sido observado apenas em humanos, mas está provado que elefantes que morrem recebem uma cerimônia de sepultamento, enquanto aqueles que já estão reduzidos a ossos recebem respeito sempre que um elefante vivo passa perto seus restos mortais.
Essa cerimônia funerária é marcada por foles e sons profundos, enquanto o cadáver é tocado e acariciado pelos tubos dos membros remanescentes do bando.
Outra ação que distingue a inteligência dos elefantes é sua capacidade de se automedicar.
Outra ação que distingue a inteligência dos elefantes é sua capacidade de se automedicar.
Quando uma fêmea grávida deve dar à luz, ela mastiga sozinha as folhas da árvore genealógica da Boraginaceae, o que ajuda a induzir o parto.
Outra habilidade que indica o intelecto superior é a habilidade dos elefantes de brincar e mostrar um senso de humor. Os jogos incluem jogar um bastão ou qualquer outro objeto, passar esse objeto de um animal para outro ou esguichar água com o tronco um para o outro em uma fonte.
Elefantes que vivem em zoológicos foram vistos roubando chapéus e perucas de visitantes curiosos e escondendo-os como uma brincadeira durante o jogo.
A capacidade de imitar sons é outra indicação da incrível inteligência dessas feras. Elefantes foram registrados imitando caminhões que passam e até mesmo sons feitos por seus treinadores.
Muitas vezes, o elefante consegue articular certos sons de modo que eles tenham uma forte semelhança com a palavra falada.
Da mesma forma, eles são capazes de usar ferramentas ou implementos para executar uma tarefa que eles não podem executar por conta própria, como arrastar as costas com um pedaço de pau quando o tronco não pode alcançar o local da coceira.
As habilidades de resolução de problemas do elefante são outra faceta impressionante de sua inteligência ilimitada. Incrivelmente, o animal é capaz de mudar seu comportamento dependendo de cada situação.
Bandula, um elefante asiático em cativeiro, aprendeu a soltar o complexo gancho de suas algemas e depois ajudou seus companheiros "aprisionados" a escapar também deles.
A consciência que eles têm de si mesmos é outra indicação da grande capacidade de pensamento e intelecto. Os elefantes podem, de fato, reconhecer-se em um espelho, algo que é muito raro no reino animal.
Conclusão
Essas capacidades nada mais são do que a ponta do iceberg do que é a potencialidade do elefante em termos de visão, pensamento e discernimento.
Sua inteligência é o assunto de múltiplas investigações enquanto suas habilidades continuam cativando pesquisadores e espectadores, que mantêm sua busca eterna por respostas para entender os "mistérios" da psique do elefante.
Fonte:http://www.elefanteswiki.com/inteligencia-de-los-elefantes-memoria
Elefantes têm três vezes mais neurônios do que seres humanos
Mas células nervosas do animal estão concentradas no cerebelo, e não no cortex, como nas pessoas. Daí nossa superioridade cognitiva
Os cientistas sempre acreditaram que as habilidades cognitivas dos seres humanos estariam relacionadas à quantidade de neurônios — as células nervosas do cérebro. Com muito mais unidades de processamento de informação, digamos assim, seria fácil explicar a inteligência do homem. Mas não é bem por aí.
Um novo estudo acaba de concluir que os elefantes, com suas cabeçorras, têm o cérebro três vezes maior do que o nosso e, além disso, o triplo do número de neurônios. Entretanto, por mais inteligente que sejam e por melhor que seja sua memória, não tem como comparar suas habilidades cognitivas às do homem. Qual seria a explicação?
- Queríamos testar nossa hipótese de que um número absoluto (baixo) de neurônios é um fator limitante à cognição, caso no qual o cérebro do elefante, três vezes maior do que o nosso, deveria ainda assim ter menos neurônios do que o cérebro humano - explicou a neurocientista Suzana Herculano Houzel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Coordenados por Suzana, um grupo de cientistas revelou, em estudo publicado ontem na “Frontiers of neuroanatomy”, no entanto, que isso não é verdade. O cérebro do elefante está longe de ser como um vasto oceano pouco habitado. Muito pelo contrário.
Mas os especialistas descobriram que 98% as células nervosas dos elefantes se concentram no cerebelo e não no córtex, como ocorre no homem. De acordo com o grupo, enquanto nós temos, em média, 16 bilhões de neurônios na parte frontal do cérebro, os elefantes têm apenas 5,6 bilhões. Ou seja, tamanho e quantidade não importam, mas a localização é tudo.
- Essa descoberta embasa a hipótese de que o número total de neurônios no córtex humano (mas não no cérebro como um todo) está relacionado com as habilidades cognitivas superiores dos homens, comparados a elefantes e outros mamíferos de cérebro grande - explica a neurocientista. - Ou seja, o número de unidades de processamento de informação concentrado nesta área é maior.
Suzana frisa, no entanto, que o homem não tem nada de “especial” em relação aos outros mamíferos.
- O que acontece é que o cérebro dos primatas é estruturado de uma forma diferente da dos demais mamíferos. Regras que valem para primatas, não valem para mamíferos - disse. - Os primatas têm um córtex mais econômico, digamos, com mais neurônios concentrados em menos espaço.
Em estudo anterior, o grupo de Suzana já havia explicado o que diferencia o cérebro humano do de outros primatas. A verdade é que, ao começar a comer alimentos cozidos, o homem passou a ingerir uma quantidade muito maior de calorias, podendo, assim, ter um número maior de neurônios.
Explicando melhor: superamos uma limitação metabólica com uma mudança drástica em nossa dieta para podermos ter um cérebro mais populado e, consequentemente, mais habilidades cognitivas que os demais animais.
O cerebelo e a tromba
O estudo acabou revelando outra curiosidade sobre os elefantes. A grande concentração de neurônios no cerebelo apresentada por eles é algo incomum, mesmo em comparação a outros mamíferos grandes. Segundo explica Suzana, geralmente a proporção é de quatro neurônios no cerebelo para cada um fora dele. Mas no caso dos elefantes é de 50 para um. Isso, claro, despertou a curiosidade dos cientistas: por que tantos neurônios no cerebelo?
- Acreditamos que essa concentração tem a ver com a informação sensorial que o cerebelo do animal recebe - explica Suzana. - Os elefantes se comunicam por infrassons emitidos pela tromba, e isso seria processado no cerebelo. Além disso, esses neurônios seriam responsáveis também pelo funcionamento da tromba, uma estrutura de mais de cem quilos de músculo coberta de terminações sensoriais. Achamos que o cerebelo tem o controle sensorial da tromba.
O grupo de Suzana pretende agora estudar o cérebro das baleias. Se tudo correr como o planejado, os cientistas devem constatar algo parecido: que, apesar do seu gigantesco córtex frontal, a concentração de neurônios é diferenciada. Ou então, eles podem constatar (sempre uma possibilidade) que os cetáceos têm habilidades superiores às dos homens.
Inteligência dos golfinhos, cães e elefantes
Estudos recentes revelaram que os cães, os elefantes e os golfinhos possuem capacidades dignas de serem levadas em conta e que nos ajudarão a entender melhor como funciona a inteligência animal. No caso dos golfinhos, destaca a evolução singular de seu cérebro, que, diferente de outros mamíferos, possui um neo-córtex com funções bem mais desenvolvidas, que lhes possibilitam razoar e ter pensamento consciente – bases para processos bem mais complexos como a comunicação e a organização coletiva. Curiosamente, o único ancestral em comum entre o ser humano e os golfinhos remonta-se há 95 milhões de anos.
De acordo com o neurocientista Lori Marinho, da Universidade de Emory, os golfinhos são capazes de entender conceitos abstratos como o zero, se reconhecem no espelho e entre seus semelhantes, além de distinguir cada um destes em sua identidade individual, sua saúde e suas emoções. “Um golfinho pode fazer tudo o que qualquer chimpanzé faz”, ressalta.
Já os cães caracterizam-se por sua observação obsessiva do comportamento humano e sua habilidade para entender nossas formas de comunicação, o que, segundo o pesquisador Brian Hare, da Universidade de Duke, pode ser demonstrado nesse gesto aparentemente simples e fácil com o qual um cão segue a mão, o pé ou o olhar que aponta para um lugar específico no espaço, entendendo que a intenção é olhar para essa direção. “Algo que, por exemplo, os chimpanzés são incapazes de fazer”, compara.
Os elefantes, que já no imaginário popular são considerados dotados com uma grande memória, se revelaram particularmente hábeis para o trabalho coletivo coordenado. Em um teste, dois elefantes entenderam que só obteriam alimento unicamente se cada um puxasse os extremos de uma corda ao mesmo tempo, exercício que decifraram bem mais rápido que os chimpanzés e sem treinamento repetitivo. O chefe da pesquisa sobre os elefantes na Golden Triangle Asian Elephant Foundation, da Tailândia, Josh Plotnik, foi o encarregado de propor este experimento. Os três experimentos mostram não apenas que a inteligência não é patrimônio exclusivo dos chamados primatas superiores.
Fonte: Washington Post
http://www.correiodopovo.com.br/blogs/bichoamigo/2012/08/327/inteligencia-dos-golfinhos-caes-e-elefantes/
Memória de elefante? Você também iria querer ter uma. Entenda!
Além a boa memória, a inteligência do elefante é um fator notável do animal. Acredite, você também iria querer ter uma. Por quê? Entenda!
tão falada “memória de elefante” é uma comprovação de que, além do tamanho imponente, a espécie é consideravelmente inteligente.
Ao migrarem anualmente por centenas de quilômetros, eles são capazes de se recordarem com precisão de rios e lagospelo caminho onde podem obter água, além de árvores com frutos comestíveis – inclusive, sabem quais não comerem e quais ingerir quando estão doentes.
Uma possível explicação para isso é que é um dos seres com mais alto quociente de encefalização, termo usado pelos estudiosos que mede a relação entre o tamanho do cérebro e o tamanho total do animal. Ou seja, de nada adianta ter um cérebro enorme se, proporcionalmente, ele é pequeno quando comparado com o restante do corpo.
Outro estudo, agora da universidade norte-americana de Emory, comprovou que eles são capazes de reconhecer a própria imagem. Como? Um elefante asiático foi colocado de frente a um espelho e foi capaz de tocar, com a tromba, um X marcado na própria testa.
Pode parecer algo tão banal, mas que somente poucos no reino animal conseguem, como os grandes primatas (cães, por exemplo, podem reagir com agressividade à própria imagem, acreditando tratar-se de outro cachorro no reflexo).
7 PROVAS CIENTÍFICAS DE QUE OS ELEFANTES SÃO EXTREMAMENTE INTELIGENTES
1. Elefantes identificam idiomas e gêneros
De acordo com pesquisadores da Universidade de Sussex, do Reino Unido, os elefantes conseguem distinguir idiomas humanos diferentes, além de nos separar corretamente por gênero e idade. Além disso, se uma voz se encaixa dentro do que ele conhece como ameaça, levando em conta vários fatores, ele assume uma posição mais defensiva.
Um teste para comprovar isso foi feito no Quênia, com representantes dos grupos étnicos Maasai e Kamba. Os primeiros têm histórico de caça de elefantes, que se assustaram ao ouvir a gravação de um homem na sua língua de origem. Já quando os Kamba falavam a mesma frase, os elefantes não mostravam nenhuma reação – esse grupo não persegue os animais.
Já a mesmíssima gravação dita por mulheres ou crianças de qualquer uma das etnias não teve nenhuma reação dos elefantes, provando que eles conseguem separar os seres humanos por seu gênero e sabendo quem são os que mais trazem ameaça – nesta pesquisa, os homens Massai.
No Quênia, a relação entre os elefantes e os homens da tribo Maasai não é das melhores
2. Elefantes criam ferramentas
Em 2010, um elefante mostrou que a fome é capaz de mexer com qualquer “serumaninho” – até os mais animalescos. O zoológico de Washington, nos EUA, colocou algumas frutas fora do alcance de Kandula, um elefante de 7 anos, para ver qual seria sua reação. Depois de alguns dias, ele se deu conta de que poderia arrastar um cubo plástico para servir de escada para chegar até os alimentos.
A primeira tentativa foi frustada, mas Kandula aprendeu a técnica e buscou mais caixotes em outro canto de sua jaula e os empilhou para ter um apoio mais alto e finalmente alcançar as frutas. Isso mostra inteligência acima do normal, igual a quando eles usam varas para coçar em lugares que não alcançam.
3. Elefantes entendem linguagem corporal
Dois recipientes idênticos foram colocados em uma jaula de elefantes: um com comida e outro vazio. Quando eles precisavam se aproximar por conta própria, a escolha era aleatória. Porém, quando algum humano apontava para qual dos potes estava a comida, o nível de acerto foi de 68% – isso é apenas 5% mais baixo do que o mesmo resultado obtido por bebês humanos de 1 ano de idade.
Ele compreendem alguns gestos humanos
4. Elefantes têm empatia
Enquanto muitos seres humanos precisam aprender a realidade desse conceito para termos uma sociedade cada vez com mais humanidade, os elefantes já dominam a arte da empatia há tempos. Quando algum espécime está triste ou angustiado, outro elefante se aproxima e tenta confortá-lo, seja através de sons ou de carícias. Tal nível de empatia só é visto na natureza em algumas espécies de macacos.
5. Elefantes choram quando algum semelhante morre
O título do tópico é um pouco forçado, mas o comportamento enlutado dos elefantes está realmente intrigando os cientistas. Frequentemente, esses animais acariciam o corpo inerte de um parente falecido e ficam ao seu lado durante horas. Alguns até tentam enterrar o corpo de seus companheiros! A mesma reação não acontece quando os elefantes encontram algum outro animal morto.
6. Elefantes podem imitar vozes humanas
Em 2012, o elefante Koshik surpreendeu os pesquisadores da Coreia do Sul: ele era capaz de dizer 5 palavras em coreano, mesmo que talvez não entendesse os significados delas. De acordo com os cientistas, ele deve ter tentado reproduzir o que escutava – algo considerado fenomenal, já que as estruturas de fala de seres humanos e elefantes são completamente diferentes.
7. Elefantes realmente têm uma boa memória
Você já deve ter ouvido esse ditado, e ele realmente é verdadeiro. No deserto, os elefantes se lembram de rotas para encontrar poços de água mesmo depois de terem caminhado muito tempo ou uma distância muito grande. Eles também formam laços de amizade e conseguem reconhecer antigos companheiros mesmo depois de um longo tempo separados. No vídeo abaixo, por exemplo, os elefantes Shirley e Jenny se reencontram depois de 20 anos (!!!) e o reconhecimento é imediato.
Fonte:https://www.megacurioso.com.br/animais/99989-7-provas-cientificas-de-que-os-elefantes-sao-extremamente-inteligentes.htm
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