ESTADOS ALTERADOS DE CONSCIÊNCIA ,SEM O USO DE PSICOATIVOS : O MÉTODO DA RESPIRAÇÃO CONSCIENTE E HOLOTRÓPICA
Estados Alterados de Consciência (sem o uso de psicoativos)
Desde as experiências psíquicas com o uso de drogas psicodélicas levadas adiante por personalidades como Aldous Huxley, Timothy Leary, entre outros, ocorreu urna explosão no uso desse tipo de substância por parte de quem busca “expandir os horizontes de sua mente”.
Na verdade, esse tipo de “estado alterado de consciência” é conhecido desde tempos imemoriais, sendo que inúmeras são as drogas capazes de provocar essas alterações na mente – mas também várias são as técnicas para se obter essa “mudança na mente sem o uso de droga alguma”.
Todas as civilizações primitivas conheciam e faziam uso regular de substâncias alteradoras psíquicas.
Até hoje, povos primitivos de todos os continentes se utilizam liturgicamente de plantas de poder e outras substâncias mágicas de forte efeito sobre a mente.
Drogas de uso entre povos nativos da América do Sul, como o Tabaco (Nicotiana tabacum), cuja folha era seca e fumada ritualisticamente – por ser um poderoso estimulante psíquico, e a Coca (Erythroxylum coca), cujas folhas, se verdes, eram mascadas, e caso secas, maceradas e misturadas com Cinzas de folhas de Bananeira (Musa spp., com numerosas variações), tendo essa mistura o nome indígena de Ypadu – usada para aliviar a fadiga, manter os níveis de açúcar do sangue, além de favorecer a permanência da mente em “estado de alerta”, sem contar que era usada igualmente para facilitar as longas jornadas em altas altitudes sem comida nem descanso.
Ignorando os riscos envolvidos no consumo desenfreado dessas substâncias, a ciência moderna trouxe ao seio da sociedade o Tabaco – na forma de fumo para cachimbos, charutos, cigarrilhas e cigarros – para ser fumado como forma de lazer, e o Cloridrato de Cocaína (conhecido popularmente como Cocaína), inicialmente reconhecida, além de poderoso anestésico, como droga estimulante e anti-depressiva milagrosa.
Que ambas tem, ainda hoje, utilidade, é óbvio (o Tabaco tem utilidade na elaboração de inseticidas, e a Cocaína é usada como anestésico em cirurgias de ouvido, nariz e garganta, além de ter uso no tratamento de dores em pacientes acometidos de canceres em estado terminal). Mas óbvio é, também, que essas drogas, consumidas regularmente de maneira recreacional, podem causar graves enfermidades do corpo (o Tabaco, pela ação tóxica do veneno Nicotina, em um de seus princípios ativos, causa vaso-constrição no sistema circulatório, provocando infartos do coração e derrames cerebrais, além de doenças do trato respiratório – sem falar de câncer em todas as áreas de contato com a fumaça, como a boca, o nariz, a garganta e os pulmões; a Cocaína, destroi o olfato, causa rinite – se aspirada -, danifica as vias aéreas – se fumada -, tira definitivamente a sensibilidade clitoriana, vaginal e anal durante o ato sexual – se espalhada na mucosa dessas regiões -, pela ação corrosiva sobre as mucosas, provoca infarto do miocárdio – pela sobrecarga imprimida ao sistema cárdio-respiratório -, e pode desencadear doenças mentais latentes, além de provocar um incontável número de suicídios, pois, após estimular, deprime, por vezes de forma insuportável).
Entre as drogas psicodélicas mais conhecidas, contam-se:
LSD – Dietilamida do Ácido Lisérgico (alucinógeno semi-sintético);
Hydroxyethylamida do Ácido Lisérgico (principio ativo do Ololiuqui);
ISO-LSD (composto semi-sintético); – Amido do Ácido Lisérgico (princípio ativo do Ololiuqui);
Mescalina (princípio alucinogênico – causador de “Visões” – do Peyote) – Psilocybína (principio alucinogênico do Teonanacatil).
Interessante notar, porém, que os modelos moleculares das drogas acima são muito próximos de substâncias de ocorrência espontânea no cérebro (hormônios, ou seja, agentes fisiológicos que tem papel importante na bioquímica das funções mentais).
Por exemplo:
O principio ativo no cacto Peyote é o alcalóide Mescalina, muito próximo, em termos de arranjo molecular, do hormônio neurotransmissor Norepinephrina (Noradrenalina), pertencente ao grupo de substâncias que provocam a transmissão de impulsos entre os neurônios (células nervosas); quimicamente, Mescalina e Norepinephrina possuem a mesma estrutura. Ambas as substâncias são derivadas da substância conhecida em química como Phenylethylamina. Outro derivado da Phenylethylamina é o aminoácido essencial Phenylalanina (Fenilalanina), amplamente distribuída pelo organismo humano, além de presença importante em todas as bebidas dietéticas.
Psilocybina e Psilocina, os princípios ativos do cogumelo alucinógeno mexicano Teonanacatl, derivam-se do mesmo composto básico de que se deriva o hormônio cerebral Serotonina: Triptamina. A Triptamina também é o composto básico de um aminoácido essencial – o Triptophano.
Mas ninguém precisa, realmente, saber nada dessas confusas e complexas nomenclaturas técnicas para constatar a realidade dos fatos aqui descritos. O fato de importantes substâncias alucinógenas e hormônios cerebrais possuírem a mesma estrutura básica não é uma simples coincidência.
Essa surpreendente relação pode explicar a potência psicotrópica desses alucinogênicos. Possuindo a mesma estrutura básica, esses alucinógenos podem agir nos mesmos pontos do sistema nervoso nos quais atuam os hormônios acima, como se fossem chaves similares encaixando-se nas mesmas fechaduras.
Como resultado, as funções psicofisiológicas associadas com esses pontos cerebrais são alteradas, suprimidas, estimuladas ou de alguma outra forma modificadas. Vendo-se, por exemplo, a similaridade existente entre o LSD e os hormônios citados, pode-se compreender o fenômeno conhecido como flashback: não é o improvável resíduo do LSD que provoca tal “viagem de volta ao passado”, mas simplesmente o próprio cérebro cria esse fenômeno, por meio de uma produção excessiva (quiçá descontrolada) de seus hormônios neurotransmissores – identicamente aos efeitos do LSD no organismo. Fica fácil, então, concluir que utilizando-se de técnicas adequadas, não é necessário o uso de droga alguma para obter-se “estados alterados de consciência”.
Basta fazer uso de algumas das técnicas iniciáticas, consagradas pelo tempo, como a Respiração Consciente, a Meditação Transcendental, ou técnicas científicas modernas como a Respiração Holotrópica, criada por Stanislav Grof, cientista com larga experiência no emprego psicoterápico do LSD, conforme relatado em suas diversas obras. Além delas, o sexo pode ser uma porta para a “expansão da mente”, posto as alterações bioquímicas que ocorrem durante uma relação sexual realmente intensa (não obrigatória, nem forçada), são realmente potentes.
No outro extremo do eixo Eros-Thanatos (os deuses do amor e da morte, na mitologia grega), existem os esportes radicais: caça, alpinismo, vôo livre, pára-quedismo, canoagem. Todos eles provocam uma tal descarga de Adrenalina no organismo que os seus praticantes experimentam, sem dúvida, “estados alterados de consciência”.
É importante ter em mente que não são as drogas em si que são perigosas, mas a relação de cada indivíduo com elas.
Como dissemos anteriormente, os povos indígenas faziam – e fazem – uso de substâncias psicotrópicas poderosas, potencialmente perigosas, além de capazes de levar à dependência química. E veja-se que não há, em sua vida tribal, silvícolas viciados em nenhuma substância tóxica, embora usem-nas ocasionalmente.
Corriqueiro tornou-se, porém, nos depararmos com índios que, urna vez integrados na sociedade do branco, tornaram-se alcoólatras.
Mais um caso de mau relacionamento com uma droga. E é esse o ponto de alto risco. Quando se consome uma droga, por mais poderosa que seja, num contexto ritual ou litúrgico, os riscos minimizam-se; já o consumo recreacional de qualquer droga maximiza os riscos – quase sempre graves.
Por isso resolvemos revelar algumas técnicas de produzir-se “estados alterados de consciência’ sem ter que recorrer ao consumo de droga alguma. Basicamente, daremos aos leitores as informações para a prática de exercícios poderosos, capazes de levar a mente a alterações semelhantes às obtidas com o consumo de doses psicoativas de drogas potentes como LSD, DMT, Mescalina, Psílocybina, Bufotenina, entre outras. Há, é claro, exercícios mais “leves”, capazes de deixar a mente em estados alterados como os obtidos com outras drogas:
Exercícios físicos de alto-impacto fazem o corpo produzir Endorfinas, um tipo de Morfina de ocorrência natural e espontânea no organismo humano. Daí se dizer que “esporte vicia”.
- pode ser verdade!
Práticas de Yoga física e Meditação Transcendental alteram a mente da mesma forma que o consumo de Maconha, Haxixe, Bhang, Charas, Skunk e Óleo-de-THC fazem. Esportes de luta e combate provocam estimulação psíquica extrema, parecida com a obtida com drogas como a Cocaína e o Tabaco.
O sexo, liberado e adulto, desinibe como o álcool, e provoca sensações de liberdade e prazer mais fortes que as conseguidas com a Heroína – sem destruir o “usuário”! Mas sexo pode viciar, já se sabe – mais uma prova dos fatos aqui citados. Estimulo psíquico pode, também, vir da leitura de livros que despertem o interesse e prendam a atenção do leitor de forma que esse não consiga deixar a leitura até que o fim chegue. Diversas pessoas disseram-me que ao ler meu livro 0 Quarto Segredo, (1) experimentaram tal sensação – um impulso irresistível de ler o livro até o final, de um fôlego só, num único dia.
Várias delas afirmaram terem ficado tão estimuladas que não conseguiram dormir, precisando conversar com alguém!
Imaginemos que alguém deseje “alterações mentais”, de molde a obter “insights” além dos possíveis com a mente “normal”.
A opção pela “Gnose-Química” não é a única disponível.
EXERCÍCIOS:
Este exercício provoca, na mente, alterações semelhantes às produzidas pelo consumo de derivados potentes da Maconha (Canabinóides como o Skunk, Haxixe, Bhang, Charas, Tintura de THC, etc.)
Para realizar este exercício, as técnicas empregadas são simples.
Bastará sentar-se numa poltrona bastante confortável, num ambiente pouco iluminado e longe de ruídos ou distrações.
Aromas agradáveis, como os emanados da queima de incensos, são favoráveis ao momento.
As roupas usadas devem ser leves e soltas, e a pessoa precisa sentir-se confortável, não passando frio nem calor.
Uma música ambiente, de preferência instrumental, poderá contribuir positivamente. Primeira prática:
A pessoa deverá iniciar uma respiração ritmada da seguinte forma:
1) Inspirar, pelo nariz, profundamente, mas sem esforço, contando, mentalmente, até quatro, enquanto enche os pulmões de ar;
2) Manter os pulmões repletos de ar, sem forçar, enquanto conta, mentalmente, até quatro;
3) Expirar, pela boca, todo o ar dos pulmões, enquanto conta até quatro;
4) Manter os pulmões vazios, enquanto conta até quatro;
5) Repetir todo o procedimento por pelo menos vinte vezes;
6) Nesse momento, a pessoa já deverá estar com seus horizontes mentais bastante alterados e expandidos;
7) Tendo passado algum tempo (cerca de uma hora), a pessoa já deverá estar voltando “ao normal”, podendo, então, reassumir sua “mente comum”. Este exercício é tão poderoso que só deve ser realizado estando seu praticante sentado, sob risco de a pessoa perder o equilíbrio e cair, caso esteja em pé. Também não deve ser realizado deitado, pois deve-se evitar adormecer no curso de sua execução.
B) Este exercício produz, na mente, alterações semelhantes às provocadas pelo uso de Drogas Psicodélicas (ou Alucinógenas) como o LSD, o DMT, a Psilocibina (dos Cogumelos Psilocíbicos), a Psilocina (dos mesmos Cogumelos), a Mescalina (dos Feijões de Mescal e do Cacto Peyote), a Muscarina (dos Cogumelos ‘Amanita muscaria” ou “Fly Agaric”), o TMA-2 (da Raiz do Cálamo) e as Anfetaminas Psicodélicas (ICE, CAT, MET, MDA, MDMA – o “Ecstasy”), entre outras. Este exercício chama-se, muito apropriadamente, “deixar cair”.
E sabem o que cai? Você!
Isso mesmo!
Primeiramente, você deve colocar um colchão de casal no chão. Deve forrá-lo, lateralmente, com travesseiros ou almofadas Precisará, também, da ajuda de dois ou três amigos.
Como é realizado:
Coloque-se em pé e de costas para o colchão;
Peça aos seus amigos que postem-se na parte externa do colchão, mas de forma a poderem ampará-lo antes que você atinja o solo – no caso, o colchão;
Procure não pensar em nada, nem sentir medo – afinal, mesmo que seus companheiros não consigam ampará-lo, você só atingirá o colchão;
Feche os olhos, e mantenha-os assim;
Coloque a ponta de sua língua no palato (céu-da-boca), o que conectará os hemisférios frontal e traseiro de seu corpo, além de fazer com que você conecte-se com sua Pituitária, localizada acima do palato, e onde se situa o centro de seu Ser;
Faça uma respiração ritmada inspirando e contando até 7 (sete), mantendo o ar retido nos pulmões enquanto conta 1 (um) tempo, solta o ar contando até 7 (sete), mantendo os pulmões vazios contando 1 (um) compasso. Essa respiração de poder recebe simplesmente o nome de “7-1-7-1″. Outra alternativa igualmente viável é outra respiração idêntica, só que noutro compasso: “6-3-6-3″, ou seja, inspirar contando até 6 (seis)~ reter o ar contando até 3 (três), soltar o ar contando até 6 (seis), daí mantendo os pulmões vazios contando até 3 (três);
Realizar uma das respirações escolhidas por, pelo menos, cinco vezes;
Agora é a hora de “deixar cair”, ou seja, deixar-se cair para trás;
Seus assistentes só deverão sustentá-lo quando faltar menos de dois palmos para que você atinja o solo (o colchão), permitindo-lhe uma queda livre relativamente grande;
Repita o exercício por, no mínimo, três vezes, mas não mais de vinte vezes.
C) Este exercício provoca alterações, na mente, semelhantes às produzidas quando se usa Afrodisíacos poderosos, como o Yohimbé, o Kala-Kiji, o Yuhba-Gold, para citar alguns. Trata-se de uma prática Tântrica, ou seja, uma fusão de sexualidade e espiritualidade. É segredo guardado zelosamente nos secretos círculos do poder oculto o fato que qualquer pensamento ou desejo mantido na mente durante o orgasmo se concretizará.
Ou seja, mantendo-se na mente determinado desejo, durante a prática sexual (seja heterossexual, homossexual ou masturbatória), essa “forma pensamento” encarnará, por assim dizer, na energia do orgasmo, tendo como missão de sua existência a realização do desejo que o originou.
Mas, o que poucos sabem, é que existe outra técnica sexual, de idênticos poderes mágicos, que permite, além dessa realização dos desejos, uma extraordinária expansão da mente, atido ao mesmo tempo.
Trata-se da técnica conhecida como “karezza”, que consiste em, repetidamente, praticar a masturbação até bem próximo do momento do orgasmo, quando então suspende-se a estimulação.
Isso é feito cinco, dez vezes, até que o corpo desista de atingir o orgasmo. E é exatamente nesse momento que a mente se expande para dimensões além da imaginação…
D) Este exercício altera a mente nos moldes dos efeitos provocados pelo consumo do Estramônio (ou Trombeta, Datura, Lírio Roxo), do Acônito, da Mandrágora, da Losna (ou Absinto) e da Beladona, entre outros perigosos Delirantes. Esta técnica recebe o nome, muito apropriadamente, de “postura da morte”. Se você tem qualquer problema psíquico, respiratório ou circulatório, não faça, jamais, uso desta técnica.
Ela consiste em, estando num lugar onde se possa cair sem ferir-se (como estando sentado numa cama, ou no chão, mas cercado de almofadas, por exemplo), manter-se a mente vazia e, ao mesmo tempo, prender a respiração.
Enquanto se prende a respiração, tampa-se, com as duas mãos, a boca e as narinas, de modo a realmente sentir-se impedido de respirar. Prende-se a respiração até não poder mais, e então… prende-se mais um pouco! Manter-se assim até sentir mal, mas mal mesmo, e então… prende-se ainda mais! Quando sentir-se estar a ponto de, literalmente, morrer sufocado, libera-se a respiração, ao mesmo tempo em que solta o corpo, deixando-se cair.
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Estes exercícios, que mais parecem brincadeiras de malucos, são capazes de abrir a faculdade paranormal chamada de clarividência, ou seja, a capacidade de ver, com os olhos da mente, seres, imagens e paragens de outros planos e variadas dimensões. Duvida?
Como pode algo tão simples funcionar da forma que alardeio? Simplesmente, ninguém precisa acreditar em minhas afirmações. Basta colocar os ensinamentos em prática e observar os resultados.
O que tentei mostrar aqui foi que os chamados “estados alterados da mente” são apenas “estados diferentes da mente”, pois as alterações psíquicas provocadas pela ingestão de qualquer fármaco alucinogênico podem ser conseguidas por simples alterações de conduta!
por J. R. R. Abrahão
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Há, em português, algumas obras que mostram exercícios e práticas capazes de provocar esses “estados alterados” em qualquer pessoa que os realize. São todas obras destinadas aos “psiconautas”(2) mais avançados e ousados.
- A ANTIGA CIÊNCIA E ARTE DA CURA PRÂNICA, Choa Kok Sui, Ground;
- A ANTIGA CIÊNCIA E ARTE DA PSICOTERAPIA PRÂNICA, Choa Kok Sui, Ground;
- CHAKRAS, Haristi Johari, Betrand Brasil;
- CONTROLE DA MENTE ON, Oldemar Nunes, Hemus;
- CURA PRÂNICA AVANÇADA, Choa Kok Sui, Ground;
- CURSO DE MAGIA, J.R.R.Abrahão, Iglu;
- MAGIA PRÁTICA – O CAMINHO DO ADEPTO, Franz Bardon, Ground;
- PRÁTICAS E EXERCÍCIOS OCULTOS, Gareth Knight, Hemus;
- SÍNTESE MÁGICKA, Zelinda Orlandi Hypolito e Arsênio HypoIito Junior, Iglu;
- A ANTIGA CIÊNCIA E ARTE DA PSICOTERAPIA PRÂNICA, Choa Kok Sui, Ground;
- CHAKRAS, Haristi Johari, Betrand Brasil;
- CONTROLE DA MENTE ON, Oldemar Nunes, Hemus;
- CURA PRÂNICA AVANÇADA, Choa Kok Sui, Ground;
- CURSO DE MAGIA, J.R.R.Abrahão, Iglu;
- MAGIA PRÁTICA – O CAMINHO DO ADEPTO, Franz Bardon, Ground;
- PRÁTICAS E EXERCÍCIOS OCULTOS, Gareth Knight, Hemus;
- SÍNTESE MÁGICKA, Zelinda Orlandi Hypolito e Arsênio HypoIito Junior, Iglu;
Notas:
(1) 0 Quarto Segredo (280 págs., Pacific-Post, 1995).
(2) Psiconauta – do inglês Psychonaut, termo cunhado pelo ocultista britânico Peter James Carroll, autor de Líber Null & Psychonaut e Liber Kaos, além de fundador da Ordem IOT – Iluminados de Thanateros. Psiconauta significa “indivíduo que mergulha, penetra e explora a mente”, numa alusão ao que fazem os aquanautas (na água), os cosmonautas (no cosmos), etc.
por J. R. R. Abrahão
Retirado do site Estados Alterados de Consciência sem drogas
(o link original saiu do ar…: http://sauthenerom.sites.uol.com.br/textos/DROGAS.htm)
(o link original saiu do ar…: http://sauthenerom.sites.uol.com.br/textos/DROGAS.htm)
À bibliografia complementar que já foi citada e em referência à questão do sexo citado como porta para a “expansão da mente”, sugere-se ainda a seguinte leitura:
Tantra o Culto da Feminilidade
LYSEBETH, ANDRE VAN
LYSEBETH, ANDRE VAN
Respiração Consciente
Não há uma forma correta de se respirar, embora uma respiração de qualidade denote uma vida de melhor qualidade, pois a respiração revela fielmente a forma que a pessoa está e até como ela é. Uma respiração profunda e suave, por exemplo, revela uma atitude dessa mesma natureza. Respiração curta e ofegante aponta para ansiedade, cansaço e por aí vai…Respirar conscientemente aumenta nossa força e poder, ancorando nosso espírito em nosso corpo físico.
Respirar de formas diferentes em exercícios específicos tem o propósito de nos ensinar novas formas de reagir às situações, nos dar possibilidades de liberdade de resposta e também de ampliar a consciência.Neste texto há um grande detalhamento em relação à questão da hiperventilação, em decorrência de seu grande poder e diversos desdobramentos.
Hiperventilar pode ser entendido bem resumida e simplificadamente como respirar mais do que o necessário, o que pode ser feito em pequenos ou longos intervalos, de formas muito distintas. Mais adiante há algumas propostas e inferências sobre maneiras distintas de se fazer isso.
Estar consciente da forma como se respira durante qualquer prática respiratória é mais importante do que a própria prática em si. É muito comum a pessoa começar um exercício respiratório com determinada proposta e logo já estar inconscientemente fazendo-o de outra forma, como, por exemplo, começar focando a inspiração e logo já estar forçando mais a expiração, sem que perceba essa mudança…
Qual dos modos é correto? Torácico ou abdominal, passiva ou ativa na inspiração?
Ciência da Respiração & Pensamento
Muitos mestres também ensinam que ao respirarmos não conseguimos pensar. Ao menos que ao focarmos a atenção na respiração não conseguimos pensar. Entretanto, a sua experiência direta pode não te demonstrar isso. E aí? Como fazer?…
Exercícios Respiratórios
Procure conhecer e praticar diariamente exercícios de respiração. Isso tem tudo a ver com processos de cura, desintoxicação e purificação.
Além de variar os tipos de respiração, é preciso aprender a sentir e a distinguir as sensações corporais ocasionadas pelos vários tipos de respiração.
Muitos são os “bons” modos de respirar. Muitas são as sílabas e as frases mágicas (mantras). “Om” (\) manifesta um modo de respirar inerentemente significativo. No livro referenciado sobre o Tantra ao final, há um capítulo espetacularmente bem descrito todo em cima apenas da questão do Om (\), inclusive com muitas dicas bastante claras de como praticá-lo e vivenciá-lo.
Seguem oito exercícios inicialmente propostos para o maior envolvimento com a percepção e vivência da respiração consciente. Os exercícios 1, 2 e 3 são especialmente indicados para se perceber a respiração.
1) Deitar de costas; parar de respirar até se tornar bem incômodo; ao voltar a respirar, seguir a “vontade” de respirar que se propõe – e que não é uma inspiração ampla. Repetir algumas vezes.
2) Encher os pulmões lentamente até a capacidade máxima; soltar o ar, deixando-o sair livremente, até que o peito pare sozinho em seu “ponto morto” natural; Expirar todo o ar que puder – sem forçar, esvaziar o peito “até o fundo” e deixar livre para que retorne ao “ponto morto”. Repetir algumas vezes. Serve como treino para a percepção da mecânica respiratória.
3) Entrelaçar os dedos das mãos sob a nuca; encher os pulmões devagar, até sua capacidade máxima; parar alguns segundos, sentido os esforços nas faces laterais do tórax (intercostais); depois deixar o ar sair livremente.
4) Para sentir o que significa “EXPIRAÇÃO PASSIVA” (muito importante durante a prática da hiperventilação): tapar uma narina usando o dedo indicador direito e, com o polegar, comprimir a outra narina, deixando apenas uma passagem bem estreita para o ar; Inspirar de forma bem perceptível o esforço de inalar o ar. A passagem deve ser bem estreita e o esforço bem nítido; Depois de completar a inspiração forçada, deixar o ar ir saindo pela mesma abertura. Notar que agora a expiração se faz longa; Depois de ter regulado a passagem do ar pelo nariz e de tê-la tornado exígua, fazer várias inspirações forçadas – mas abrindo a passagem do ar na expiração; Depois, fazer várias inspirações sem obstáculo, mas recompor o fechamento na expiração, que assim se faz bem lenta, permitindo sentir com clareza o quanto a expiração é passiva. Alternar uma expiração, deixando o ar sair livremente pela abertura estreita, e uma expiração forçando a saída do ar pelo orifício apertado. Marcar bem a diferença entre deixar o ar sair e soprar o ar para fora.
5) Respiração com narinas alternadas - Juntar o dedo indicador com o polegar e fechar a narina do mesmo lado desta mão com o dedo médio. Soltar o ar todo e após inspirar pela narina que ficou aberta. Tapar a outra narina com a outra mão, mantendo a mesma posição dos dedos da outra mão. Soltar o ar totalmente pela outra narina e inspirar por ela. Fazer isso o mais profunda e suavemente que conseguir. Repetir o processo várias vezes. Este é um dos exercícios de respiração mais eficientes a médio e longo prazo para o obtenção de equilíbrio, de uma forma em geral. A sensibilidade da pessoa vai aumentando gradativamente, já no dia-a-dia, em relação a qualquer eventual bloqueio nas narinas. Esta prática tem tudo a ver com equilíbrio (forças yin / yang etc), sendo um dos únicos exercícios de respiração que pode ser realizado tranqüilamente enquanto se dirige, por ter o poder de aumentar a lucidez e atenção sem gerar alterações de consciência. Uma variante bastante sutil, interessante e eficiente desta prática é, quando estiver dormindo de lado, deixar para cima o lado correspondente à narina que eventualmente mais bloqueada, ela tenderá a se abrir, equilibrando-se à outra. Poderá ocorrer da outra ficar bloqueada, neste caso, deve-se trocar o lado novamente (esta troca de lado não costuma ocorrer muitas vezes durante a mesma noite).
6) Respiração abdominal - para a prática da respiração abdominal, bastante focada em muitas práticas de yoga, veja o texto do Dr. Ciro Masci, divulgado em sua página na seção específica que trata sobre a questão da respiração associada ao combate à Síndrome de Pânico. Segue apenas a seguinte ressalva: Masci cita que a respiração torácica é a “respiração de quem está fazendo um exercício físico intenso. E é também o tipo de respiração de quem está sob pressão. (…) O resultado é acúmulo de ar viciado, pobre em oxigênio, além de tensão muscular.” Esta afirmação está correta para o que poderemos considerar “situações normais de percepção”. A prática da hiperventilação proporciona a vivência da respiração torácica também sobre outra perspectiva. Os exercícios para atenuar a ansiedade citados anteriormente também são decorrentes da aplicação com sucesso da respiração torácica. Como já foi citado no começo deste texto, não existe um modo certo ou errado de respirar. O mais importante é que a pessoa tenha liberdade de conhecimento (a partir da própria vivência) e conseqüentemente de alternativas e escolhas.
7) Respiração Caótica - respirar caoticamente (sem constância de ritmo) pelo nariz, focando a expiração. O corpo se encarregará da inalação. Fazer isto o mais rápido e o mais forte possível, continuar ainda mais e mais forte, até se tornar literalmente a própria respiração. Usar os movimentos naturais do corpo para ajudá-lo(a) a levantar a sua energia. Senti-la subindo, mas não deixando que nada se extravase. Ficar atento para inspirar também pelo nariz, pois muitas pessoas apresentam tendências a fazer inalações pela boca. Mantendo essa respiração de 3 a 10 minutos como exercício de autoconhecimento e autopercepção, a pessoa poderá lançar mão dela em diversas situações durante o dia-a-dia em versões mais suaves e/ou mais rápidas, atingindo benefícios diversos, dentre eles, a quebra de freqüência de padrões psicoemocionais.
8) Bocejar por um período de 10, 15, 20 ou até mesmo por 30 minutos seguidos. Os bocejos envolvem diversos aspectos numa única atividade, dentre eles alongamento e respiração de uma forma sutil, porém bastante poderosa. Como toda prática visando expansão de consciência e cura, os bocejos devem ser praticados em profundidade para se ter tais efeitos. A questão não é a de dar duas ou três bocejadas como quando estamos com sono. Faça um teste se propondo a bocejar pelos períodos aqui propostos . Os efeitos e as descobertas são impressionantes.
Técnica de Hiperventilação
As técnicas de hiperventilação aqui descritas são para processos de cura, renascimentos,vivências místicas, dentre outros.
Esta forma específica de respirar amplifica a intensidade e os efeitos respiratórios. Caso “não flua” muito bem contigo, mantenha então os dois focos principais: respirar mais do que o necessário e circularmente, sem intervalos entre inspiração e expiração, assumindo inclusive outras ou novas formas de continuar o processo, inclusive as indicadas adiante.
- deitar de barriga pra cima;
- respirar voluntariamente, mais do que o necessário, durante muitos minutos. Em torno de 1 hora é um período que traz vivências intensas para a maior parte das pessoas – após 15 ou 20 minutos, os primeiros efeitos normalmente começam a ser percebidos. Muitos renascimentos com hiperventilação são conduzidos por períodos superiores a três horas;
- tão relaxado quanto possível;
- mexendo-se o menos possível (*);
- boca entreaberta;
- respiração torácica, alta, mais costal do que diafragmática. Acentuando o “movimento para cima”. Foco nos músculos intercostais (faces laterais do tórax);
- sem pausas – respiração circular;
- expiração passiva - muito importante este tópico - veja exercício específico para perceber e treinar esta prática.
- foco da atenção na própria respiração, aconteça o que acontecer (meditação sobre hiperventilação).
Bem executada, a HPV com as técnicas acima:
- a pessoa parece estar ansiando, aspirando ou desejando algo com certa premência. Parece a respiração de quem recobra o fôlego após grande esforço: APÓS o esforço, e não em estado de estar se esforçando…;
- não gera cansaço, especialmente abdominal.
(*) sobre este item, mexer o mínimo possível, cabe ressaltar que dentro dos propósitos da hiperventilação, isso é muito importante, pois esse direcionamento levará ao crescimento das taxas de oxigênio no organismo. Há casos onde mesmo ocorrendo muita respiração há muita queima, como por exemplo, durante atividades aeróbicas como a corrida, a natação e muitas outras.
Fonte:http://www.vivenciaemcura.com.br/conteudo/respiracao-consciente/
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